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Política2023 na Política: quebradeira em gabinete, porta-giratória no governo Airton, 'morde e assopra' de Edson e Netto; veja os destaques

2023 na Política: quebradeira em gabinete, porta-giratória no governo Airton, ‘morde e assopra’ de Edson e Netto; veja os destaques

2023 foi um ano marcado por apaziguamento político, com altos e baixos na Câmara e Prefeitura

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Depois de um 2022 em que a política são-carlense viveu momentos de alta tensão, 2023 foi um ano marcado por apaziguamento político, com altos e baixos na Câmara e Prefeitura.

O ano começou com uma profunda reformulação no gabinete do prefeito Airton Garcia (então União Brasil), em que novas secretarias surgiram e novos nomes apareceram no governo.

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Entre os novos integrantes, estavam Nino Mengatti, na pasta de Meio Ambiente, e Luiz Antônio Panone, no Desenvolvimento Econômico, e Roselei Françoso, na Educação.

No dia 3 de janeiro, reunião entre componentes dos dois poderes debateu a reconstrução e retomada de novos projetos para a cidade. A união veio após a enchente que destruiu parte da infraestrutura há um ano.

Na Câmara, a saída do vereador Roselei resultou em vacância logo preenchida por Fábio Zanchin. O novo parlamentar assinou a posse junto ao presidente Marquinho Amaral.

No fatídico 8 de janeiro, comitiva de São Carlos viajou até Araraquara para pedir apoio ao presidente Lula para a reconstrução da cidade. Mas, o noticiário – e a atenção presidencial – voltou-se à tentativa frustrada de golpe de estado bolsonarista que destruiu a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

No final de janeiro, o recém-recomposto secretariado municipal recebe mudança: sai Paulo Luciano e entra César Maragno.

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Na mesma época, a nova gestão da Câmara, sob a tutela de Marquinho Amaral, cria grupos de trabalho para modernização do legislativo. As principais frentes são de digitalização e abandono do papel. A Casa define a formação das comissões permanentes, em 25 de janeiro.

Quase um mês após reunião para alinhar os ponteiros, Legislativo e Executivo voltam a soltar faíscas. Em novo encontro, parlamentares pedem mais ação e menos discurso, em 1º de fevereiro.

Em São Paulo, a região ganha uma deputada “temporária”. Daniela Braga, do então PSL, assumiu na ‘calenda’ de fevereiro cadeira no Parlamento Paulista. O mandato durou pouco, até meados de março.

De pires na mão, vereadores e secretários de São Carlos foram pedir dinheiro para o governador Tarcísio de Freitas para obras na cidade. Saíram com a promessa de R$ 680 mil para intervenção na rua General Osório, atingida pelas chuvas. O valor ficou a léguas do milionário pacote prometido para Araraquara.

No segundo mês do ano, as discussões sobre o Plano de Mobilidade Urbana pegaram fogo no Parlamento São-Carlense, com direito a uma ensaboada do promotor. Entre idas e vindas, o PlanMob ficou pronto só neste mês de dezembro.

O retorno dos trabalhos dos vereadores chegou com recados à administração municipal, com a derrubada de vetos às leis da Compostagem e do Banco de Medicamentos.

No meio de fevereiro, audiência discutiu o problema das enchentes. Nos bastidores, Progressistas trabalhou para ‘fisgar’ Dé Alvim para suas fileiras, sem sucesso.

Uma quebradeira no gabinete da vereadora Professora Neusa (Cidadania) gerou investigação da Comissão de Ética da Câmara.

No âmbito institucional, vereadores fizeram marcação cerrada aos secretários de Airton, com promessas de convocar o primeiro escalão para dar explicações na Câmara.

No Saae, mudanças inesperadas. Benedito Marchesin deixou a presidência e Mariel Olmo ocupou o lugar prometendo melhoria na gestão e modernização da autarquia.

Em março, fora da arena política, Marcos Palermo foi alvo de críticas de vereadores na Câmara, ficou uma ‘arara’ e soltou o verbo nas redes sociais.

Na Câmara, séria denúncia sobre o uso de diplomas falsos na administração municipal agitou os bastidores. No mesmo mês, Airton aloca Fabiano Rizzo Couto na pasta de Serviços Público, antes ocupada por Mariel. Fabiano ficou apenas 13 dias no cargo.

No Dia Internacional da Mulher, vereadoras boicotaram homenagem da Câmara Municipal. E o Parque do Bicão voltou a ser assunto no legislativo em audiência pública.

Em 28 de março, morreu Hugo Colin Ferreira, vice-prefeito na gestão de Mário Maffei (1973-1977).

Em Brasília, comitiva pediu R$ 11 milhões para educação e investimentos federais.

Como reação à violência nas escolas, Câmara Municipal aprovou em 11 de abril segurança armada e seguranças nas unidades de ensino. Vereadores pedem botão do pânico e muro alto obrigatório nos espaços.

Após críticas na Câmara, Vanessa Barbuto é exonerada da pasta da Cidadania; gestão promove na dança das cadeiras.

Em 18 de abril, o on lembrou que a força política de São Carlos de outrora trouxe à cidade a Escola de Engenharia da USP.

Na Câmara, vereadores pediram boicote a show do comediante Leo Lins, que fez um vídeo escrachando São Carlos.

Em maio, a qualidade do asfalto usado pela gestão Airton Garcia suscitou dúvidas entre vereadores. Bruno Zancheta propõe endurecer regras contra terrenos abandonados.

Na política partidária, a saída de Marcos Palermo do MDB gerou ruídos. A discórdia foi motivada pela permanência da sigla na base do governo.

Após ofender ‘meio mundo” político de São Carlos, o ex-vereador Leandro Guerreiro teve que se retratar em rede social. A justiça que mandou.

Em junho, César Maragno ficou mal na foto após sugerir uma audiência pública e sequer aparecer no local no dia marcado. No dia 7 daquele mês, o mundo político local chorou a morte de Maurício Ortega.

Em plenário, a primeira tentativa do governo em aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias naufragou, após vereadores apontarem erro no projeto.

No Legislativo, o Creci pede apoio dos vereadores na campanha pela abertura de um segundo cartório de imóveis em São Carlos.

No fim de junho, Paulo Scalli se despediu da Câmara, após passagem relâmpago durante breve ausência de Sérgio Rocha (PTB).

O mês de julho chegou com troca de farpas entre Edson Ferraz, vice-prefeito, e Netto Donato, secretário de Governo. O bate-boca público ocorreu após demissões em massa no Esporte, o último bastião de Edson no governo municipal. As partes voltaram às pazes recentemente.

O prefeito Airton Garcia, cuja saúde inspira cuidados por conta de um mal renal, foi alvo de campanha de afastamento por “incapacidade civil”. À Justiça, o prefeito falou em “especulações”.

No mesmo mês, o on denunciou imóvel vazio que consome todos os meses recursos públicos. O local ainda se encontra desocupado, ressaltamos.

Com os olhos voltados à 2024, a base petista rufou tambores em fórum para discutir a “reconstrução” de São Carlos no fim de julho.

Tirado do Esporte, Thiago de Jesus assumiu mandato na Câmara Municipal, após licença da vereadora Professora Neusa, em agosto.

No fim de agosto, vereadores aprovaram restrição a avião agrícola em área urbana, depois vetado. Novamente, Airton é alvo de ação de impedimento.

Em setembro, advogado pediu ação civil pública contra Edson Ferraz por improbidade administrativa.

Após movimentos do PT, Airton e Netto reagem com filiação ao Progressistas em xadrez que expõe preferência do mandatário para sua sucessão.

Em outubro, Câmara rejeitou abertura de comissão processante contra o prefeito, por “afastamento informal”. Durante sessão, Marquinho apontou a falta de prioridades do Saae, que muda logo e promove viagens enquanto faltava água na cidade.

Pré-candidato pelo Novo, Mario Casale abriu os planos em entrevista ao acidade on um ano antes do pleito.

No mês seguinte, vereadores denunciaram a falta de pagamentos dos médicos das UPAs por parte da Omesc. Na seara eleitoral, Marcos Martinelli assume o PSD de olho no apoio a Newton em 2024. Netto e Edson Ferraz deixam rusgas de lado e planejam aliança ‘ampla’ para 2024.

Plano de Mobilidade Urbana volta a andar e é finalmente aprovado em dezembro. No apagar das luzes de 2023, vereadores aprovam aumento salarial de 31% para os próximos prefeito, vice e secretários municipais. Nino Mengatti pede demissão do cargo e deixa o governo.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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