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PolíticaApós críticas, aparelhos calistenia são reforçados em São Carlos

Após críticas, aparelhos calistenia são reforçados em São Carlos

A qualidade dos equipamentos e o valor total do investimento, no entanto, ainda são questionados por professor de educação física; confira

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Aparelho de calistenia instalado no Kartódromo. Foto: CBN São Carlos

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Após moradores e vereadores reclamarem da qualidade de aparelhos de calistenia instalados em parques de São Carlos (SP), eles foram reforçados pela empresa que os vendeu para a prefeitura. No entanto, ainda são questionados por professor de educação de física (veja abaixo).  

De acordo com o secretário municipal de Obras, João Muller, os oito aparelhos foram comprados por meio de licitação na modalidade pregão eletrônico.  

O valor estimado pela prefeitura era de R$ 16 mil por unidade. Uma empresa do estado de Santa Catarina foi a vencedora do processo licitatório e vendeu os aparelhos por R$ 11,8 mil cada. Já para instalar os oito equipamentos, a prefeitura gastou mais R$ 62,5 mil. 

Ainda segundo Muller, eles foram comprados há cerca de um ano e ficaram armazenados em um prédio da prefeitura. “Nós não percebemos de imediato, na aquisição, que tinham essas fragilidades que foram apontadas no momento do uso por algumas pessoas, ou por alguns vereadores”, explicou.  

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Quando os primeiros quatro aparelhos foram instalados, porém, a secretaria teria notado algumas falhas e entrou em contato com a empresa fornecedora. “Ela veio no último feriado até São Carlos, ficaram dois dias aqui e fizeram os reforços necessários para que ficasse em condições de uso para a população que gosta desse tipo de atividade”, disse.   

Vereador Bira (PSD) aprovou reforço nos aparelhos. Foto: imagem cedida

O vereador Bira (PSD), que havia criticado os aparelhos na tribuna da Câmara, classificando eles como umas porcarias, elogiou o secretário Muller por ter ouvido as reclamações e tomado providências para reforçar os aparelhos. “Sempre que encontrar alguma anormalidade vou denunciar, sempre em busca de resolver o problema, como foi o que ocorreu neste caso. Gostaria de aproveitar para agradecer o secretário João Muller que reconheceu que os aparelhos necessitavam de manutenção e rapidamente resolveu o problema”, disse.  

“Eu fui presencialmente conferir após o reforço e encontrei bastante praticantes de esporte, principalmente na praça do Kartódromo, e aprovaram o reforço que houve nos aparelhos”, complementou Bira.   

Ambulante no Kartódromo há três anos, Jorge Luís, que também é professor de educação física, reclamou da falta de informação na placa instalada no local, onde consta apenas o valor da obra de instalação. “A placa não explica direito o valor do aparelho e do piso que foi colocado, o que deixou o pessoal com uma interrogação na cabeça para saber o valor correto do aparelho e o valor do piso”, afirmou.

Ainda segundo o ambulante, apesar do valor ser questionável, o reforço deixou o aparelho bom e muitas pessoas gostaram. “Muita gente adorou o aparelho (…). É um aparelho que é muito bom. Depois que reforçou, mudou completamente o aparelho, ficou melhor”. 

Placa com valor da obra deixou moradores confusos sobre preço total do investimento. Foto: CBN São Carlos

Já para o professor de educação física Cleber Ricardo De Souza, que costuma frequentar o Parque do Kartódromo com alguns alunos, mesmo reforçados, os aparelhos não são bons. “Sinceramente, o equipamento ficou bem abaixo do que o pessoal estava esperando. Pelo valor que pagou, eu acho que foi um preço muito alto pago num equipamento que, para o que se propõe, ele não é bom”, afirmou.  

Ainda segundo ele, o investimento foi muito alto em aparelhos totalmente fora dos padrões biomecânicos para a execução dos exercícios, o que pode gerar riscos para os usuários. “Tem alguns exercícios lá no equipamento que a biomecânica é totalmente fora do que tem que ser. Pode até trazer risco de lesão para quem for fazer o exercício”, complementou.  

Por fim, o professor de educação física reclamou que a prefeitura poderia ter ouvido os praticantes da calistenia antes de gastar uma ‘fortuna’ nesses equipamentos. “O problema maior do equipamento é que ele não é bom para o que ele se propõe. Seria muito mais econômico e barato colocar mais umas barras como as que já tem lá no Kart [Kartódromo], de madeira e com a barra de ferro mesmo. Seria muito mais útil para a galera da calistenia do que aquele aparelho de inox, todo bonitão”, concluiu.  

Aparelho de calistenia instalado no Kartódromo. Foto: CBN São Carlos

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