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PolíticaCai a adesão às motociatas de Jair Bolsonaro em São Paulo

Cai a adesão às motociatas de Jair Bolsonaro em São Paulo

Evento com o presidente reuniu 3,7 mil motocicletas, contra 6,7 mil na “edição” do ano passado – mais de 1 milhão nas “contas” de bolsonaristas nas redes sociais

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Motociata na região de Campinas nesta sexta (Foto: Luciano Claudino/Código19)

A participação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas motociatas promovidas em São Paulo caiu na comparação com o ano passado, mostram dados do Sistema de Monitoramento de Informações de Pedágio.

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O evento liderado pelo presidente nesta sexta-feira, 15, em São Paulo contou com 3.703 motos, segundo registros de pedágios da Rodovia dos Bandeirantes. O monitoramento acompanhou a movimentação de motocicletas nas praças de cobrança da Concessionária CCR AutoBan em Campo Limpo, Itupeva e Sumaré. A participação, porém, foi menor do que a de junho do ano passado, quando o sistema de pedágio da rodovia dos Bandeirantes contabilizou 6.661 veículos em um dos trechos que o grupo passou, quase o dobro.

Naquela ocasião, bolsonaristas chegaram a compartilhar que a motociata teria entrado para o Guinness Book, livro que registra recordes mundiais, ao supostamente contabilizar mais de um milhão de motocicletas – o que o Estadão Verifica provou ser falso.

No último evento, parte do grupo de motoqueiros que seguiu o presidente pagou uma taxa de inscrição de R$ 10 para a organização do evento coordenado pelo grupo “Acelera para Cristo”. O pagamento, opcional, dava direito a uma “área vip” da motociata, com presença na área fechada ao lado do Anhembi.

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Bolsonaro também participou de eventos do tipo em Brasília, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Em discursos realizados ao final dos eventos, o presidente chegou a defender a volta do voto impresso, a atacar membros do STF e adversários políticos, além de criticar as medidas de distanciamento social impostas para controle da pandemia.

No último encontro, criticou um acordo firmado entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o WhatsApp para adiar o lançamento de uma nova ferramenta do aplicativo no País que permite a criação de grupos com milhares de pessoas. Como resultado, o PT acionou o TSE, acusando campanha eleitoral antecipada de Bolsonaro na realização do evento.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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