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PolíticaCâmara de Pirassununga abre processo de 'impeachment' contra prefeito afastado por suspeita de corrupção

Câmara de Pirassununga abre processo de ‘impeachment’ contra prefeito afastado por suspeita de corrupção

A Comissão Processante recebeu a totalidade dos votos dos vereadores de Pirassununga

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O prefeito afastado de Pirassununga, José Carlos Mantovani (Progressistas), responderá a um processo de impeachment, após ser alvo de operação do Gaeco nesta segunda-feira (4).

O mandatário, dois secretários municipais, o superintendente do Departamento de Águas e Esgoto e uma pregoeira são suspeitos de terem sido corrompidos por uma empresa que presta serviços de coleta de lixo, varrição e roçagem na cidade.

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A Comissão Processante recebeu a totalidade dos votos dos vereadores de Pirassununga.

A comissão de “impeachment” será presidida pelo vereador Wellington Luis Cintra de Oliveira. O relator será Carlinho de Deus. Integra o colegiado o parlamentar José Henrique Trevillato Sundfeld.

Como será a Comissão Processante

Conforme o Regimento Interno da Câmara de Pirassununga, o presidente da comissão de “impeachment” deverá iniciar os trabalhos dentro de cinco dias, notificando o investigado, para que apresente defesa prévia dentro do prazo de dez dias. O prefeito pode indicar provas e arrolar até dez testemunhas para o processo.

Corridos os prazos, a Comissão Processante deverá emitir parecer após cinco dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia. O plenário deverá dar a palavra final.

O prefeito afastado deverá ser intimado de todos os atos do processo, com antecedência de 24 horas. A ele é permitido assistir as diligências e audiências.

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Terminada a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado para razões escritas, no prazo de cinco dias. Depois, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação.

No dia do julgamento, a Câmara se converte em júri, com os vereadores assumindo o papel de jurados. Na sessão de julgamento, a legislação prevê a leitura integral do relatório final. O prefeito terá duas horas para defesa oral.

Para afastar o prefeito, 2/3 dos vereadores devem votar pela cassação do mandato. Ao final do julgamento, o presidente da Câmara Municipal deverá proclamar o resultado, lavrar ata e emitir decreto legislativo extinguindo o mandato do prefeito.

Havendo ou não a cassação, o presidente da Câmara deverá comunicar a Justiça Eleitoral o resultado.

O prazo máximo para o processo é de 90 dias, conforme a legislação. Se não houver conclusão, a Processante será extinta.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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