A lista de compras dos órgãos sob o comando do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta terça-feira (26). No total, a gestão gastou R$ 1,8 bilhão em alimentos em 2020, parte investidos em compras de alimentos que não são saudáveis. As informações são do M(Dados), núcleo de jornalismo de dados do portal Metrópoles.
Segundo dados disponíveis no Painel de Compras do Ministério da Economia, foram gastos mais de R$ 15,6 milhões em leite condensado, doce que o presidente gosta de comer com pão. O valor é menor do que os R$ 26 milhões gastos em 2019 pela gestão.
Entre outros gastos estão R$ 21,4 milhões em iogurte natural, R$ 31,6 milhões em refrigerante, R$ 18,5 milhões em sal e R$ 7,1 milhões em bacon.
Outros alimentos considerados “junk food”, comida não saudável numa tradução livre, chamam atenção na lista de compras presidencial em 2020. Entre eles estão R$ 1,8 milhão em geleia de mocotó e R$ 170 milhões em chocolate (pronto, em pó e granulado), chantilly, doce em tablete, confeitados, massa de doce, biscoito, bolo, bombom e açúcar. Em goma de mascar, por exemplo, foram gastos R$ 2,2 milhões.
Integram a lista de compras presidencial, comida que alimentaria um batalhão. São R$ 16,5 milhões em batata frita embalada, R$ 14,5 milhões em café, R$ 238 milhões em carnes bovina, suína, de aves.
A lista de compras divulgada pelo Ministério da Economia mostra que o governo ainda reserva espaço para alimentos saudáveis, como abóbora, acelga, alfafa, alho-poró, couve, ervilha, frutas e verduras e temperos.