O depoimento da diretora da Vigilância em Saúde, Crislaine Mestre, à CPI da Saúde da Câmara de São Carlos terminou, nesta quarta (9) com alguns avanços na elucidação de lacunas deixadas na oitiva do secretário Marcos Palermo no último dia 27.
Em seu depoimento, a gestora falou sobre a escolha do local para a sede do Centro de Triagem, inconsistências na fila de vacinação com suspeitas de casos de fura-fila e sobre os protocolos de afastamento de servidores com Covid.
Sobre denúncias de fura-fila no início da vacinação, a diretora afirmou que após a campanha de 6 de fevereiro recebeu diversas denúncias pelos mais variados canais de comunicação, inclusive redes sociais. Ela disse que a abertura da possibilidade de vacinação de profissionais que não estavam desempenhando funções de saúde abriu espaço para dúvidas.
“Quando começamos a receber as denúncias, começamos a avaliar os documentos apresentados na vacinação. Infelizmente encontramos inconsistências, não falamos em fura-fila porque acreditamos que não houve má-fé de ambas as partes”, avalia.
Sobre os casos de voluntários da Santa Casa que tomaram vacina, levantados em depoimento do secretário de Saúde à CPI, a diretora disse que a mesma etapa de 6 de fevereiro abriu essa possibilidade de vacinar pessoas que prestam serviços gratuitos na instituição.
Protocolos serviço público
A diretora também esclareceu pontos do protocolo de ação quando da ocorrência de caso de Covid-19 em locais públicos, como repartições.
O “protocolo mínimo”, segundo Crislaine, é afastar o trabalhador com Covid-19 e pessoas que tiveram contato direto com ela.
“Essa pessoa (positivada) deve ser afastada e as que apresentam sintomas devem ser testadas. Já as que dividem o ambiente, se não tiveram contato com esse servidor que era suspeito e não apresentarem sintomas eles podem ficar no ambiente de trabalho”, estabelece.
Questionada sobre repartições públicas que fecharam as portas por vários dias por conta de contaminação de trabalhador, Crislaine opinou que o fechamento total pode ser uma precaução a critério do chefe da pasta. “Muitas delas (secretarias) tomaram a decisão de trabalhar em home office para não arriscar a saúde desses profissionais”.