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PolíticaÉ contra a carta quem é hostil à democracia, afirma ex-procurador-geral de SP

É contra a carta quem é hostil à democracia, afirma ex-procurador-geral de SP

‘Já há mais de 660 mil assinaturas. Essas assinaturas existem por uma percepção da necessidade desta defesa’, afirma Luiz Antonio Marrey

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Carta será lida na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. (Foto: Divulgação)
Carta será lida na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. (Foto: Divulgação)

Um dos principais nomes da organização da carta pela democracia na Faculdade de Direito da USP, o procurador de justiça Luiz Antonio Marrey respondeu aos ataques feitos hoje (2) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). 

‘A carta defende o regime democrático no Brasil, como existe hoje. Só pode ser contra uma manifestação em defesa da democracia quem possa ter hostilidade a essa forma de organização político constitucional’, disse Marrey ao Estadão.  

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‘Vamos continuar a nossa jornada, nada vai nos desviar do caminho de defesa democrática’, afirma Marrey, que falou pelo grupo de organizadores do manifesto. ‘Já há mais de 660 mil assinaturas. Essas assinaturas existem por uma percepção da necessidade desta defesa. Portanto, quando qualquer pessoa defende a ditadura, a volta ao passado, a supressão de liberdades públicas, ou fica nervoso com esse tipo de manifestação, mostra que as pessoas estão justamente organizadas em defesa de um bem maior, que é o regime democrático no Brasil’, disse Marrey, ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo e ex-secretário de Justiça do Estado. 
 
 
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Em entrevista ao Estadão na semana passada, o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, criticou os ataques que já vinham sendo realizados por Bolsonaro. ‘De ‘gripezinha’ a ‘cartinha’, querem diminuir o Brasil à condição de ‘paisinho’. Há dois dias ouvimos críticas inconsistentes à carta e vemos o número de adesões crescer de forma explosiva’, disse Campilongo na última quinta-feira, 28.  

Ele também disse ao Estadão, na mesma entrevista, que não acreditava que os ataques ao processo eleitoral e à democracia cessariam diante da mobilização da sociedade civil.
 
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