- Publicidade -
São CarlosPolíticaNewton promete rever contrato do transporte coletivo; veja como foi a entrevista ao acidade on

Newton promete rever contrato do transporte coletivo; veja como foi a entrevista ao acidade on

Sabatina faz parte da série iniciada com Mario Casale (Novo) e (Netto Donato).

- Publicidade -

Newton Lima, candidato do PT à Prefeitura de São Carlos, participou de entrevista ao acidade on nesta quarta-feira (25).

Durante a sabatina, o candidato prometeu rever o contrato com a operadora do transporte coletivo, acabar com a falta de água e encerrar o problema do cheiro de esgoto na cidade.

- Publicidade -

A entrevista de Newton Lima faz parte da série iniciada com Mario Casale (Novo) e (Netto Donato).

Leia abaixo a entrevista:

Há na justiça duas ações que culminaram em sua condenação no caso dos comissionados e na contratação de pesquisa dita eleitoreira. A justiça eleitoral liberou sua candidatura e deu o deferimento. O candidato pode garantir à nossa audiência que, se eleito, vai tomar posse e, se possível, governar até o fim do mandato sem interferência da justiça?

Tenho certeza absoluta que sim, confio na justiça brasileira. Nenhum desses casos é de improbidade; não há problemas de licitação ou coisas do tipo. São questões que já tramitam há mais de 21 anos sem terem sido ainda transitadas em julgado, e por isso pude concorrer nas eleições para deputado federal. Na primeira, fui eleito, e na segunda, infelizmente, fiquei na suplência. Tenho total condição e direito legal de participar e governar nessas condições.

Crianças que necessitam de educação especial têm sofrido com a falta de professores especializados e monitores na rede municipal de ensino. Quais são os seus planos para a educação especial em São Carlos e, ampliando, para a educação em geral do município?

- Publicidade -

Bom, a educação em geral do município, para começar, lamentavelmente temos 43% das crianças de 0 a 3 anos fora da creche. É inaceitável uma situação dessas em uma cidade que é a Capital da Tecnologia, uma cidade de educadores. No ranking da Folha de São Paulo, de 2 de setembro, estamos em uma vergonhosa posição: milésimo, 1.033º para ser mais exato, em eficiência de gestão da educação. Estamos passando por um momento muito difícil na educação, com falta de professores, falta de professores de educação especial, além de monitores. Essas crianças fora da escola não podem continuar assim, não podemos aceitar isso. Também há muito pouco oferecido para crianças em período integral.

Para resolver tudo isso, como educador e prefeito que fui, já recebi o prêmio de ‘Prefeito Amigo da Criança’ e ‘Prefeito Semelhante Escolar’, vamos trabalhar muito para melhorar essa posição e, consequentemente, a qualidade da educação de nossas crianças. Especialmente na educação especial e no atendimento aos autistas, que serão tratados com muito carinho. A Universidade Federal de São Carlos tem um curso de educação especial, e vamos promover ações conjuntas para traçar diretrizes que solucionem esses problemas.

As pessoas com deficiência e aquelas com transtorno do espectro autista serão cuidadas com todo o carinho, como já fizemos quando fui prefeito. Naquela época, junto com a Apae, criamos um programa voltado aos autistas. Hoje, há uma fila de 750 aguardando atendimento, e vamos fazer um mutirão para acabar com essa espera, agilizando os diagnósticos e criando um centro público especializado no tratamento de autismo. Esse centro vai atender essa grande quantidade de crianças, jovens e adultos que têm esse problema.

Desde a pandemia de Covid-19, que acabou gerando uma crise econômica, vemos o processo de favelização aqui em São Carlos. Quais são os seus planos para dar acesso a essas famílias que não têm nada, nem serviços públicos essenciais?

É triste, mas quando governamos São Carlos, eu e o prefeito Barba, em 12 anos de governo democrático-popular, construímos 5 mil moradias e acabamos com o problema dos barracos, que infelizmente hoje proliferaram por falta de investimento na construção de casas.

Vamos construir 3.500 moradias, pois já faz 12 anos que não se constrói uma única casinha. Temos o projeto Minha Casa, Minha Vida, e no mínimo vamos fazer essas 3.500 unidades.

O atual governo, o governo Netto Donato, não fez nenhuma casa popular, e por isso os barracos proliferaram, criando condições de vida indignas, como esgoto a céu aberto e falta de canalização de água. Infelizmente, essas são as condições que o processo de favelização acaba trazendo.

Essas ocupações serão cuidadas com muita atenção, e além dos assentamentos, vamos criar condições de moradia digna. O programa Minha Casa, Minha Vida vai ajudar, e nós vamos atuar de maneira muito forte. Não é aceitável que, em 12 anos após nossa saída do governo, a Prohab não tenha construído uma única casa popular na nossa cidade para famílias de uma a três faixas de renda.

O candidato promete ônibus menos poluentes, mais confortáveis e políticas tarifárias que estimulem o uso dos coletivos. Como conciliar essas promessas com o atual contrato, que tem uma validade de década? Se o candidato for eleito, ele pretende ampliar os gastos com subsídio? Porque o dinheiro para essas promessas precisa sair de algum lugar. Como isso será custeado?

Será custeado com uma revisão cuidadosa do atual contrato. É um absurdo que o governo atual pague R$ 4,1 milhões por mês para a empresa de transporte, enquanto o serviço oferecido é de péssima qualidade e mal avaliado pela população. Muitas linhas foram fechadas, os ônibus estão poluindo, pois, são a diesel e não há uma frota verde, e faltam ônibus em vários bairros. Muitos ônibus passam sem pegar passageiros, e há dúvidas sobre a quantidade de linhas contratadas em relação às que estão de fato operando.

Tudo isso será revisto com uma lente de aumento, pois quero entender por que se paga um subsídio milionário por um serviço de qualidade tão baixa, com tarifa cheia. Lembrando que o governo Netto Donato prometeu reduzir a tarifa pela metade e não cumpriu.

O que vamos fazer é cumprir o seguinte compromisso: aos domingos, tarifa zero para todos os ônibus e todas as linhas. Para diminuir o tempo de viagem dos munícipes que moram nas periferias até o centro, vamos criar o Expresso Aracy. Este será um ônibus gratuito que sairá de um ponto do Cidade Aracy e, sem paradas, seguirá direto até o ponto final no centro da cidade, e vice-versa, com linhas contínuas e frequentes para reduzir o tempo que os munícipes passam nos ônibus.

Além disso, vamos revisar os contratos e as linhas para oferecer uma cobertura melhor. Com o valor extraordinário que se paga de subsídio, vamos também analisar a possibilidade de implementar a tarifa zero aos sábados, o que estimularia o comércio local. Trata-se de um conjunto de ações muito importantes para a população, que hoje vê o transporte público como um dos seus piores problemas. Vamos enfrentá-los, seja por meio de um acordo amigável com a empresa, seja na justiça, caso julgarmos que a população está sendo, como ela própria atesta, extremamente prejudicada.

São Carlos tem sofrido, recentemente, com o mau cheiro em alguns pontos, evidenciando um problema no sistema de esgoto, inclusive nesta semana temos sentido o mau cheiro na região da Praça Itália, vindo da São Carlos. Quais são os seus planos para a melhoria da rede de esgoto e do próprio Saae?

É inaceitável isso. Nós já havíamos resolvido esse problema e até ganhamos prêmios, pois acabamos o mau cheiro ao construir os sistemas necessários para captar todo o esgoto — doméstico e industrial — e direcioná-lo para a estação de tratamento de esgoto que não existia quando eu fui prefeito. Não tratávamos um milímetro cúbico de esgoto antes.

Fizemos a estação de tratamento de esgoto no Monjolinho e recebemos um prêmio por conta disso, fruto de uma parceria com o Departamento de Hidráulica e Saneamento da USP, que coordenou o projeto. Portanto, havíamos solucionado esse problema, assim como a falta d’água, porque furávamos os poços. Interligamos os poços, substituímos parte da rede, pois as perdas eram relativamente altas, e reduzimos isso também.

Lamentavelmente, além do programa para combater o mau cheiro, implementamos um programa para resolver a falta d’água. Como enfrentamos o problema da falta d’água? Em Araraquara, o ex-prefeito Edinho Silva utilizou 35 milhões de reais de investimentos da autarquia municipal para perfurar 10 poços, o que ajudou a mitigar a estiagem na época.

No entanto, o governo Netto Donato não perfurou nenhum poço e não construiu nenhum reservatório. Minto, no Alto da Vila Nery há um reservatório de 2.600 metros cúbicos instalado há 15 meses, mas não viu uma gota d’água entrar lá, pois o atual governo não adquiriu um painel para ligar a casa de bombas e recalcar água para ser armazenada nesse reservatório. Isso resolveria o problema da Vila Nery.

Morei 35 anos na Vila Nery e nunca faltou água lá; os moradores da região sabem disso. Agora, pela primeira vez, com o reservatório do Saee instalado, não há água suficiente. Hoje, na Vila Nery, as donas de casa e o comércio enfrentam os mesmos problemas do resto da cidade. Como se resolve o problema da falta d’água? Abrindo uma nova estação de tratamento de água, além das existentes, a pequena no CEAT, e a maior, que é a da Carlos Botelho. Vamos construir uma nova estação de tratamento na região do CEAT para abastecer a grande área do Aracy, que já cresceu com mais de 5 mil casas populares que fizemos no governo Oswaldo Barba, e agora, com pelo menos 3.500 novas casas que vamos distribuir, a demanda de água vai aumentar.

Com a água do CEAT, cobriremos toda a grande região do Aracy. Além disso, ao perfurar um poço no Ipanema e outro com um reservatório em São Carlos 8, estaremos em condições de resolver o problema da falta de água a partir do próximo ano.

Uma última pergunta. Sobre enchentes, nas últimas semanas foi entregue um plano para construir um piscinão, ampliar, o candidato se compromete a dar prosseguimento ao planejamento feito pelo atual governo?

Depois de estudá-lo, por que esse plano demorou 18 meses para ser apresentado. A tragédia que ocorreu em Araraquara no final de dezembro resultou na morte de seis pessoas, enquanto aqui, em São Carlos, perdemos uma professora. Imediatamente, o prefeito Edinho elaborou o projeto técnico, e em três meses ele estava buscando recursos com o governador Tarcísio e com o presidente Lula. O dinheiro foi dado e as obras já começaram.

Já aqui, 18 meses depois, o plano foi apresentado com um custo altíssimo, da ordem de R$ 430 milhões. Perderam a janela do PAC e não entregaram a tempo. Santo André pediu R$ 340 milhões e recebeu. São Carlos, por sua vez, perdeu a oportunidade, “dormiu no ponto”. O projeto foi entregue agora fora do período de vigência do PAC, e não sei onde se buscará esse dinheiro, que é uma fortuna, e isso é muito simples. Fora do prazo do PAC, e nós vamos rever com os professores da USP e da UFSCar a qualidade técnica do projeto que só recentemente foi apresentado.

🔔 FIQUE ON!

Quer se manter bem informado no maior portal de notícias do interior de São Paulo? Fique on com os nossos grupos, canais e redes sociais, acesse abaixo:

🟡 Canal no WhatsApp

🟣 Canal no Instagram

Canal no Facebook

🟢 Comunidade no WhatsApp

🔵 acidade on no Facebook

🟠 acidade on no Instagram

👷🏼 acidade on Empregos no WhatsApp

📢 Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Carlos e região por meio do WhatsApp do acidade on: (16) 99149-9787.

- Publicidade -
Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
- Publicidade -

Recomendado por Taboola

Notícias Relacionadas