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PolíticaO que pensam os pré-candidatos sobre a mobilidade em São Carlos?

O que pensam os pré-candidatos sobre a mobilidade em São Carlos?

Foram ouvidos os três “prés” que se apresentaram publicamente como postulantes ao principal cargo do Poder Executivo

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Os pré-candidatos a prefeito de São Carlos opinaram sobre a situação do transporte público e da mobilidade urbana em São Carlos. A reportagem faz parte da série que ouve os “prefeituráveis” os principais temas da administração pública municipal.

Foram ouvidos os três “prés” que se apresentaram publicamente como postulantes ao principal cargo do Poder Executivo.

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Já foram publicadas as avaliações, opiniões e planos dos “prés” para a Educação, Saúde, Segurança Pública e Zeladoria, Limpeza Urbana e Saneamento Básica e Moradia. Amanhã, o assunto será o problema das enchentes.

A publicação das opiniões dos candidatos lado a lado possibilita ao leitor – e eleitor – a comparação das propostas, dando a ele maior consciência na hora de escolher para quem dar o voto. As respostas estão em ordem alfabética, considerando o prenome do entrevistado. Cada político teve até 4 minutos para responder.

Todos os finais de tarde, o são-carlense enfrenta filas e filas de veículos na saída do trabalho. Nos pontos de ônibus, a reclamação é a tarifa alta e a qualidade baixa. Diante de tal realidade, o acidade on pergunta: — O que você pensa e quais são seus planos para a mobilidade?

Netto Donato (PP)

Mobilidade urbana. Primeiro, ressaltar que recebemos recentemente um prêmio da TV Bandeirantes como a primeira cidade no Estado de São Paulo em infraestrutura e mobilidade. Hoje, temos um contrato assinado com uma empresa de ônibus, algo que não tínhamos havia anos em São Carlos. Isso nos permite cobrar a empresa em caso de falhas, garantindo atendimento e reparação. Atualmente, temos ônibus com ar-condicionado, maior capacidade e modelos mais novos. Temos realizado uma fiscalização rigorosa para identificar e substituir rapidamente os veículos problemáticos.

Temos que avançar na questão das novas linhas e trajetos de ônibus, e isso será guiado pelo Plano de Mobilidade elaborado nesta gestão. Esse plano, desenvolvido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o Ministério Público e especialistas locais, estabelece diretrizes para o crescimento e condução da cidade. Estamos trabalhando na construção desse plano de governo para, ao assumir a prefeitura, implementar rapidamente novas linhas de ônibus e atender bairros novos que ainda possuem atendimento insuficiente.

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A mobilidade urbana não se limita ao transporte público; também envolve taxistas, transporte de vans, motoristas de Uber, motoboys e pedestres. O trabalho inclui a conscientização, sinalização e cuidado com todos esses setores. A sinalização horizontal, como a pintura de faixas e instalação de placas, é intensificada para melhorar a segurança e a estética da cidade.

Além disso, é importante considerar as ciclovias e a crescente popularidade do ciclismo. Observamos grupos de ciclistas que circulam na nossa cidade. Estamos cuidando de cada setor de maneira responsável para melhorar a qualidade de vida de todos.

Mario Casale (Novo)

A gente tem um problema muito grave em São Carlos hoje em relação ao transporte público. Recebemos muitas reclamações. Uma das principais queixas é o atraso dos ônibus, a falta de ônibus nos horários programados, ônibus lotados e quebras de veículos que não são substituídos como deveriam. Precisamos, primeiramente, fiscalizar a empresa responsável e verificar se ela está realmente cumprindo o contrato atual.

Uma alternativa que estamos avaliando do ponto de vista jurídico é introduzir vans e uma nova empresa de transporte público em São Carlos para competir com a atual, oferecendo mais opções para as pessoas. Temos que reduzir o tempo de trajeto dos usuários. Hoje, quem está na periferia e precisa ir ao centro, ou vice-versa, demora demais. Para melhorar isso, precisamos revisar os corredores de ônibus e todo o sistema urbano atual.

Eu fui conhecer o Sistema de Curitiba, que é muito interessante. Embora não possamos replicá-lo exatamente, podemos aprender muito e adotar diferentes tipos de ônibus para funções específicas. Por exemplo, ônibus que façam a distribuição nas bordas da cidade e outros que realizem trajetos rápidos com poucas paradas. Em Curitiba, há diversas opções que permitem às pessoas escolherem a melhor forma de se locomover rapidamente, integrando isso a aplicativos.

Queremos um sistema mais rápido, com diversas opções para o usuário. Usando um aplicativo, a pessoa pode planejar sua viagem, identificando o melhor trajeto. Também precisamos de mais terminais de ônibus em São Carlos para facilitar a mudança entre diferentes tipos de ônibus. A ideia é integrar vans e ônibus, permitindo que uma pessoa use ambos os meios com uma única passagem.

Em relação ao trânsito em geral, precisamos usar inteligência. Somos a capital da tecnologia, mas não utilizamos essa tecnologia para melhorar a vida das pessoas. Precisamos implementar semáforos inteligentes, algo que é possível com os especialistas que temos na USP e outros especialistas em trânsito.

Além disso, devemos incentivar o uso de bicicletas, aumentando a quantidade de ciclovias. O sistema de transporte público deve ser tão eficiente que até pessoas com maior renda o utilizem, não porque não podem ter um carro, mas porque é uma opção viável e conveniente. Queremos que as pessoas deixem seus carros na garagem e optem por andar de bicicleta ou usar o transporte público porque funciona bem.

Newton Lima (PT)

Vamos falar de mobilidade urbana. Uma coisa que nos intriga muito na Frente Democrática é que temos em São Carlos duas das melhores universidades do país, além das Embrapas, do Instituto Federal, da Unicep, Senac, do Senai e outras instituições de ensino importantes. Temos uma rede educacional muito forte, com gente competente que pode ser chamada para fazer diagnósticos e apresentar soluções, como fizemos no passado, uma interação do poder público com instituições que geram conhecimento é fundamental, e estranho ver que pararam de fazer convênios com a USP e com a UFSCar, por exemplo, como nós fizemos no passado.

Fizemos um convênio com a UFSCar para criar o Mapa da Pobreza, que orientou programas de renda para os setores de menor renda da população. Esse projeto foi um sucesso e ganhou prêmios. Tem a Estação de Tratamento de Esgoto que fizemos com universidade. A fossa séptica, com a ajuda da Embrapa, ganhamos reconhecimento, por levar saneamento para as pequenas propriedades rurais.

Durante oito anos, fizemos 120 convênios de baixo custo, que beneficiaram tanto a administração pública quanto as universidades, envolvendo alunos e professores e fortalecendo o processo educacional.

Especificamente sobre mobilidade, foram contratadas instituições externas, enquanto vários projetos poderiam ter sido feitos com a USP e a UFSCar, como fizemos no passado, como Araraquara fez também. Um projeto privado, de alto custo, foi realizado sem trazer resultados concretos, resultando em congestionamentos e falta de ampliação das ciclovias. A rede de transporte público não está funcionando como deveria.

Precisamos pensar a mobilidade urbana de forma geral, incluindo sistemas viários, reorganização do transporte e fiscalização das empresas. A prefeitura deve garantir que o número de ônibus que sai da garagem seja o contratado. Hoje, há reclamações sobre a eliminação de linhas em bairros e a má qualidade do serviço, com ônibus sem manutenção, ar condicionado quebrado e janelas fechadas, o que é péssimo para a saúde pública. Atrasos frequentes e denúncias graves são recorrentes.

Já decidimos analisar, na Frente Democrática, parágrafo por parágrafo, alínea por alínea o contrato com a empresa responsável pelo transporte. Estamos enfrentando uma situação incompreensível: um subsídio mensal de mais de R$ 4 milhões, um péssimo serviço e uma tarifa elevada. Não houve redução na tarifa, mesmo com o subsídio, que deveria aliviar o custo para a população.

Uma decisão que já tomamos, e que outras cidades já implementaram com sucesso, é oferecer transporte gratuito aos domingos e feriados. Isso permitirá que mais pessoas possam sair de casa, passear com suas famílias, visitar parentes, ir à igreja ou aproveitar os parques públicos. Acreditamos que há equilíbrio financeiro para isso.

Queremos avançar ainda mais e, se tivermos a oportunidade de governar, podemos considerar a implementação do passe livre aos sábados. Isso impulsionaria o comércio, permitindo que as pessoas se mobilizem gratuitamente para áreas comerciais, dinamizando esse setor tão importante da nossa economia.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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