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PolíticaO que pensam os pré-candidatos sobre o saneamento básico de São Carlos?

O que pensam os pré-candidatos sobre o saneamento básico de São Carlos?

Foram ouvidos os três “prés” que se apresentaram publicamente como postulantes ao principal cargo do Poder Executivo

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O acidade on São Carlos segue com a série de reportagens trazendo o que pensam os pré-candidatos a prefeito sobre determinados aspectos da gestão e serviços públicos.

Foram ouvidos os três “prés” que se apresentaram publicamente como postulantes ao principal cargo do Poder Executivo.

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Já foram publicadas as avaliações, opiniões e planos dos “prés” para a Educação, Saúde, Segurança Pública e Zeladoria e Limpeza Urbana. Hoje, o tema é Saneamento Básico. Nos próximos dias, o on ainda trará, neste especial, as visões dos ‘prés’ sobre Moradia, Mobilidade e Enchentes.

A publicação das opiniões dos candidatos lado a lado possibilita ao leitor – e eleitor – a comparação das propostas, dando a ele maior consciência na hora de escolher para quem dar o voto. As respostas estão em ordem alfabética, considerando o prenome do entrevistado. Cada político teve até 4 minutos para responder.

São Carlos tem enfrentado problemas na falta de água, mesmo em períodos chuvosos. Nas marginais, a reclamação é de cheiro de esgoto, o que leva à preocupação com o tratamento dos efluentes. Diante de tal realidade, o acidade on pergunta: — O que você pensa e quais são seus planos para o saneamento básico?

Netto Donato (PP)

Hoje, quando falamos de saneamento básico, envolve várias situações. Você tem a parte do tratamento de esgoto, tratamento da água, a parte de resíduos sólidos, que são os lixos, e também a parte de drenagem. A parte de drenagem nós vamos falar em um capítulo separado, que é sobre as enchentes, mas nós temos um cuidado muito grande porque São Carlos tem um dos melhores índices de qualidade de água no tratamento de água aqui na cidade.

Nós estamos ampliando o tratamento de esgoto também, então hoje a cidade tem um tratamento de esgoto que será praticamente duplicado nos próximos anos, e essa obra já está sendo realizada para uma cidade de 350 mil pessoas. São Carlos hoje tem 256 mil habitantes e nós já estamos preparando São Carlos para o futuro. Então, o que fazemos é um trabalho contínuo de atualização, cuidado e revisão de todas as redes.

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Além disso, sofremos por muitos anos, décadas aqui na cidade de São Carlos, com a situação de fazer o asfalto ou recapear a rua e, em seguida, ter vazamentos de água, vazamentos na tubulação de esgoto ou a abertura de novas redes naqueles terrenos que estavam vazios. Para a construção, você tinha que fazer a ligação de água. Hoje, já está sendo feito um trabalho, iniciado pelo centro da cidade, de deixar pronta a ligação de água para quando for construir ou resolver essa questão da ligação de água para uma nova propriedade, você só precisará furar a calçada. Assim, dentro da calçada, você já faz essa ligação e não vai perder todo o trabalho de recape, todo o trabalho do asfalto, evitando aqueles remendos como existia anteriormente.

Então, a cidade está se modernizando e tem trabalhado muito para isso. Se você analisar, até em pesquisas, uma das coisas mais importantes e que mais satisfaz a população é a qualidade da água na nossa cidade. No entanto, não podemos deixar de lembrar os problemas que ainda temos, como o abastecimento de água. Hoje, temos um problema de falta de água na região do Grande Cidade Aracy e na Santa Felícia.

O que nós fizemos? Estamos construindo, e já foi licitado, iniciando a obra ali perto do Cedrinho, um novo poço profundo e reservatório que irá abastecer a região do Grande Cidade Aracy. Estamos aguardando a liberação da Cetesb e do Daee para que possamos iniciar a construção de um grande poço profundo e reservatório na Grande Santa Felícia. Isso está sendo feito em parceria com as empresas dos novos loteamentos e condomínios que existem. Assim, nos próximos anos, São Carlos não terá mais esse problema de falta d’água em alguns locais da cidade, um problema que já ocorre há mais de 30, 40 anos.

Mario Casale (Novo)

São Carlos tem um problema grave na área de saneamento básico. O Saae, infelizmente, é utilizado politicamente. Hoje, temos um presidente do Saae que, na minha visão, não tem a menor condição de ocupar o cargo; ele está ali por ser um político colocado por interesses políticos. Temos um problema muito sério de planejamento e falta de técnica.

Na parte de planejamento, vou dar um exemplo. Em São Carlos, estamos vendo o que considero um crime ambiental: o esgoto está sendo despejado diretamente no Monjolinho. Isso aconteceu por falta de planejamento. Já se sabia, há mais de dois anos, que essa tubulação estava corroendo, a parte de aço estava rompendo. Então, deveria ter sido feito um planejamento de longo prazo para substituí-la, criando uma tubulação paralela à atual, de forma que não fosse necessário despejar o esgoto no córrego. E isso não foi feito por falta de planejamento.

Mesmo agora, poderia ter sido instalada uma estação de tratamento temporária enquanto se realizava a substituição, mas isso não foi feito. Temos um problema muito grande com a perda de água na cidade. Inclusive, eu não confio nos indicadores fornecidos em relação à perda de água. Precisamos entender muito bem os indicadores e as fontes desses números.

A cidade, na minha visão, não está utilizando a tecnologia que deveria no Saae. Existe muita tecnologia disponível que poderia ser utilizada. Estamos na idade da pedra em relação ao uso de tecnologia no Saae. Por exemplo, nesses cortes de tubulação que ocorrem em vazamentos, há tecnologia disponível que evitaria a necessidade de cortar um espaço tão grande do asfalto, o que causa problemas devido à demora em cobrir esses cortes com asfalto.

A cidade hoje parece um grande tobogã; andamos e sempre passamos por cima desses cortes, gerando grande oscilação nas ruas. Temos um problema muito sério em relação à coleta e tratamento de esgoto. A região do Grande Aracy, por exemplo, não tem coleta de esgoto, então esse esgoto não vai para a estação do Monjolinho. São Carlos deveria ter quase 100% do esgoto tratado na estação do Monjolinho, mas isso não está acontecendo, e não conheço nenhum plano para resolver esse problema.

Quanto à gestão de resíduos sólidos, quando levaram essa responsabilidade para o Saae, não conseguiram manter a parceria com a Coopervida, a cooperativa responsável pela coleta de materiais recicláveis. Eles não conseguiram manter os caminhões, o que reduziu muito a coleta de recicláveis na cidade. Precisamos atuar de forma estruturada para aumentar o uso de material reciclado e garantir a sustentabilidade ambiental em São Carlos. Esse é um projeto muito importante para a nossa cidade.

Newton Lima (PT)

O que está acontecendo nos nossos estudos sobre saneamento básico é que, apesar de termos conseguido a universalização do atendimento e distribuição de água potável, lamentamos que hoje falte água em vários bairros, com interrupções prolongadas. Pode-se dizer que é um problema de estiagem, mas isso é uma desculpa, pois havia condições de resolver, com recursos disponíveis e tecnologias modernas para detecção de problemas na tubulação que causam perda de água, furos nas tubulações, e vazamentos que precisam ser reparados.

O cheiro na cidade está insuportável, especialmente nas marginais, no córrego do Monjolinho, devido ao cheiro de esgoto e à falta de controle desse processo por falta de manutenção. O Saae deixou de ser aquele órgão irreparável que tínhamos em outras épocas, como um hospital ou escola sempre bem avaliado. Hoje, vemos um grande desperdício. É preciso fazer uma auditoria no Saae para saber qual é a real perda de água tratada, pois estamos perdendo dinheiro e isso está justificando a falta de água nos bairros periféricos da cidade, algo que não deveria acontecer, pois temos mananciais que podem suprir a necessidade de água.

Sobre o esgoto, está prometida uma ampliação do tratamento na ETE Monjolinho, com melhorias. Este projeto, que inauguramos em 2007 em parceria com a USP, começou a tratar praticamente todo o esgoto que antes era despejado no Monjolinho, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e da avaliação da cidade. Isso é fundamental para o saneamento e saúde pública.

A Frente Democrática quer tornar o Saae novamente uma referência de autarquia municipal eficiente, pois hoje ele perdeu essa capacidade devido aos problemas que já haviam sido resolvidos no passado, mas que voltaram agora. Uma auditoria técnica será fundamental para organizar um processo rápido de manutenção e expansão da rede quando necessário, e interligação dos nossos poços. Fizemos isso na nossa gestão quando houve o problema de uma bomba em determinado reservatório; a água vinha de outro reservatório para não faltar água, ou usávamos caminhões para suprir a necessidade nos bairros.

Fico muito triste com as denúncias de falta de água. Vi várias casas com torneiras que não caiam um pingo d’água em determinados períodos do dia. Isso é um problema grave que precisamos enfrentar e resolver.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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