Oficialmente, Edson Fermiano não é mais secretário de Governo de São Carlos. Edição extra do Diário Oficial do Município desta terça-feira (2) ratificou a saída do homem que era o principal articulador político da gestão Airton Garcia (UB).
Mais cedo, à tarde, o político esteve na Câmara Municipal e chegou a participar da sessão. Fermiano foi presidente da Câmara Municipal.
Em sua fala na Casa de Leis, o ex-secretário agradeceu os parlamentares nos mais de 5 anos à frente da pasta de Governo. “A todos os 21 vereadores, o meu muito obrigado de coração. Se eu falhei, se eu errei, eu sou humano. Me perdoem”, comentou.
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Edson Fermiano: “faltou diálogo para todo mundo”
Aos parlamentares, Fermiano afirmou que pretende voltar a advogar em escritório próprio, “pertinho” da Câmara Municipal.
“Aquele café que o Azuaite faz, não, que tem aquele limão siciliano. O meu é mais simples, o meu é limão cavalo, mesmo”, brincou.
Fermiano saiu da administração Airton Garcia em meio a um verdadeiro turbilhão político vivido na cidade. No intervalo de poucos dias, a Câmara abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a primeira-dama Rosária Mazzini Cunha e uma Comissão Processante que pode cassar o prefeito.
Na sequência, a demissão de diversos comissionados, entre eles, cinco secretários e dois diretores-presidentes de fundações, sem o aconselhamento de Firmiano o colocou em xeque na administração.
Em entrevista ao acidade on São Carlos, o político confirmou que o fato foi determinante na saída do governo.
Administração tem futuro incerto
Na Câmara Municipal, a visita de Fermiano contou com tietagem num primeiro momento e conversas sobre o atual momento do governo Airton. Com a articulação política acéfala, questiona-se nos corredores a capacidade da atual gestão de sair das cordas até o fim da Comissão Processante.
Na prática, afirmam interlocutores familiarizados ao assunto, houve incredulidade entre os parlamentares no fato de a gestão ter visto a ampliação do movimento anti-Airton sem ao menos esboçar reação.
Na aprovação da “CPI da Primeira-Dama”, houve 14 assinaturas pela abertura do processo, 12 se contados o sumiço do requerimento original. Em poucos dias, o movimento de descontentamento chegou a 18 parlamentares, com um que votou contra se dizendo arrependido logo após dar o “não” em plenário.
Em reserva, eminência parda da gestão colocou na conta de Firmiano as duras derrotas do governo na Câmara. Em resposta, em entrevista ao acidade on, o ex-articulador socializou a culpa, dizendo que faltou diálogo para todos.
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