O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na saúde de São Carlos classificou como “evasivo” o depoimento do secretário da Saúde, Marcos Palermo, na quinta-feira (27).
Em oitiva que durou 7h30, gestor da saúde no âmbito municipal procurou se afastar da responsabilidade de alguns problemas apontados por vereadores, na opinião de Elton Carvalho (Republicanos).
As evasivas de Palermo surgiram em momentos de maior pressão, quando questionado pela escolha do Ginásio “Milton Olaio Filho”, sobre os casos de “fura-fila” da vacina, e a negativa à proposta de lockdown regional.
“É importante (a CPI) para mostrar à população e apresentar ao Ministério Público que só não aconteceu (o lockdown regional) porque foram contrários. Pedimos mais informações para analisar”, comenta.
Para o parlamentar, ainda ficaram em aberto questões sobre a divisão de responsabilidades da Secretaria de Saúde perante à pandemia de Covid-19.
“Na primeira pergunta, falou que é uma gestão compartilhada. A partir do momento que a pessoa é secretária de Saúde, ela tem que puxar a responsabilidade para si”, opinou.
Estão no radar da CPI as convocações de outros membros do primeiro escalão da gestão Airton Garcia (PSL), como o vice Edson Ferraz (MDB), hoje internado com Covid-19, o ex-presidente da Prohab, Júlio César Alves Ferreira. A questão que envolve o ex-gestor da Prohab envolve a reforma do ginásio antes de ser cedido para o Centro de Triagem.
A próxima testemunha a ser ouvida pela CPI é a diretora da Vigilância Epidemiológica, Crislaine Mestre. Inicialmente, o depoimento está programado para a segunda-feira (7), às 10h.