Durante a primeira sessão da Legislatura 2021-2024, alguns dos novos vereadores já solicitaram mudanças em regras antigas da Câmara Municipal de São Carlos.
Em sua primeira fala na tribuna, Tiago Parelli (PP) foi o porta-voz dos novatos e questionou o sistema de escolha dos gabinetes: “Por que um sorteio só com os vereadores novos? O vereador que já se reelegeu já tem seu gabinete tudo pronto, tudo certinho, beleza (…) mas podemos fazer alguma coisa para rever isso”.
O vereador também reclamou da situação que estava o gabinete que ele herdou do Azuaite Martins de França (Cidadania). “Eu cheguei no gabinete que eu fui sorteado e estava tudo no chão (…) Por que que tiraram as coisas do meu gabinete? Eu queria saber”, disse.
Azuaite justificou que se mudou para o gabinete onde ficava o vereador Robertinho Mori (PSL), que levou os móveis para outra sala. Desta forma, ele também levou os móveis de um gabinete para o outro. “O Robertinho levou, com orientação da administração, os móveis que estavam lá para a sala que ele agora ocupa. A mesma orientação me foi dada: pegar os móveis que estavam na minha sala e levar para a outra sala. Ninguém deixou nada no chão, desorganizado”.
“Se esse não é o procedimento correto, eu devolvo os móveis, não tem problema. Posso por móveis meus, comprar, colocar na sala. Mas de forma alguma eu quis desrespeitar, atrapalhar ou fazer qualquer coisa”, complementou.
Em entrevista ao ACidade ON São Carlos, o presidente da Câmara Municipal, Roselei Françoso (MDB), explicou que no dia 4 de janeiro foi realizada uma reunião para discutir essa mudança na forma de escolha dos gabinetes. “Muda a legislatura, chegam vereadores novos, os vereadores que já estão na casa acabam se movimentando e sobram aqueles gabinetes da parte inferior da Câmara Municipal para os novos vereadores”.
Roselei disse que há duas formas de resolver o problema: a primeira opção seria colocar no regimento interno que, sempre que começar uma nova legislatura, deverá ser realizado um sorteio entre os 21 vereadores para fazer a distribuição os gabinetes; a segunda é construir uma nova Câmara Municipal e, consequentemente, gabinetes novos. “A Câmara Municipal, na parte inferior, ela não conta com a infraestrutura necessária: não tem ventilação, o prédio é tombado, então você não pode colocar ar-condicionado. Então são vários assuntos que nós estamos discutindo”, afirmou.
Nas próximas semanas, os vereadores devem se reunir com um arquiteto que já teria um projeto arquitetônico do novo prédio, que seria construído em frente ao atual, onde atualmente funciona um estacionamento e uma biblioteca jurídica Francisco Xavier Amaral Filho da Câmara Municipal.
No entanto, por conta do período de pandemia, Roselei disse que esse investimento tem que ser tratado com responsabilidade. “Nós estamos um momento difícil, a sociedade talvez não entenderia um investimento na ordem de três ou quatro milhões para construir um novo prédio. Então a gente precisa fazer essa discussão com os nossos pares, os nossos vereadores, e buscar a melhor solução”.
Leia mais:
– Câmara Municipal define comissões permanentes para o biênio 2021/2022