Em operação há pouco mais de um mês, a nova concessionária do transporte coletivo segue rendendo assunto na Câmara de São Carlos. Apesar do tema ter arrefecido nas redes sociais e grupos, governo e oposição seguem em embate.
Vereadores da oposição e situação chegaram a diferentes somas em fiscalização da circulação do transporte coletivo urbano de São Carlos realizada nesta semana.
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A “metodologia”, contudo, diferiu entre uma contagem e outra, o que pode ter afetado o resultado dos trabalhos.
Em conta realizada nas primeiras horas de segunda-feira (12), o vereador Djalma Nery (PSOL), de oposição, em parceria com um munícipe, chegaram à soma de 72 ônibus que entraram em circulação entre as 4h30 e 6h50. O parlamentar usou as redes sociais para criticar o número considerado baixo, na comparação com os 91 carros contratuais.
“Estão aqui contados 72 ônibus, muitos veículos a menos do que os 91 previstos. Por isso você está no ônibus esperando e ele vem lotado, ele quebra. É uma empresa que ganha meio bilhão de reais por dez anos não cumpre com a sua parte”, afirma.
O vereador afirmou, ainda, que pretende propor uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a operação do transporte coletivo da cidade.
Na tribuna da Câmara Municipal, o vereador Dé Alvim (Solidariedade) afirmou ter comparecido na madrugada de terça-feira (13) na garagem da empresa para fazer a contagem de carros. A soma, porém, foi feita antes da saída dos carros.
“Eu pude contar veículo por veículo e lá dentro tinham 91 ônibus. Outros três [estavam] no Distrito de Santa Eudóxia, então são 93 carros (sic)”, afirmou. A soma, na verdade, seria de 94 veículos.
ANTIGA CPI VOLTA À BAILA
Durante a sua palavra, Dé Alvim relembrou a antiga CPI dos Transportes, natimorta, que fora proposta no final de 2021. Na época, a investigação se debruçaria sobre o aumento da passagem de ônibus.
Dé questionou um vídeo postado em rede social em que é afirmado que ele havia pedido o arquivamento da antiga CPI.
“A gente não pode andar com inverdades. A pessoa que estava com ele disse que o vereador Dé quem acabou com a CPI. Essa assinatura aqui é a do vereador Djalma Nery. Ele quem pediu para arquivar a CPI do Transporte”, disparou, mostrando um papel que estava em suas mãos.
Em resposta, Djalma afirmou que pediu o encerramento da CPI após Dé pedir parecer a uma consultoria jurídica pela derrubada da comissão, após a falta de indicação de membros por parte dos partidos.
“A Câmara não publicou dentro do prazo regimental os nomes dos membros da comissão e quando começamos os trabalhos o Dé – que era contrário à CPI e é presidente da Comissão de Transportes – pediu um parecer à Conan [Consultoria em Administração Municipal, prestadora de serviços à Câmara] que disse que havia um vício de processo que havia perdido o prazo para publicação previsto no Regimento Interno e os atos praticados poderiam ser anulados”, afirma.
O Psolista completou dizendo que a CPI entrou em um imbróglio jurídico e que acabou “aceitando o arquivamento”.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Procurada, a Prefeitura afirmou que a Rigras deve possuir, no mínimo, 91 veículos em sua frota operacional, dos quais 59 ônibus básico, 22 midiônibus e 3 microônibus adaptados (do Serviço Porta a Porta), além de 7 veículos reserva (5 básicos e 2 midi).
A administração esclareceu que não necessariamente os veículos devem todos estar rodando ao mesmo tempo.
O QUE DIZ A RIGRAS
Questionada sobre a sua frota, a Rigras não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
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