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PolíticaVereadores e secretário de Saúde denunciam leitos vazios na Santa Casa

Vereadores e secretário de Saúde denunciam leitos vazios na Santa Casa

Elton Carvalho afirmou que havia 9 pessoas nas UPAs esperando por vaga no hospital. Secretaria de Saúde vai contestar a disponibilidade de leitos; confira

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Vereadores estranharam leitos vazios no hospital. Foto: Divulgação

 

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Dois vereadores e o secretário de Saúde, Marcos Palermo, encontraram cerca de dez leitos de enfermaria livres na Santa Casa de São Carlos, durante uma visita surpresa realizada na noite de quinta-feira (5). A Secretaria de Saúde informou que vai contestar a disponibilidade de leitos custeados pelo poder público. Santa Casa afirma que leitos estavam preparados aguardando a transferência dos pacientes (veja a resposta completa no fim da matéria). 

O vereador Elton Carvalho (Republicanos) disse que, enquanto os leitos estavam vazios no hospital, nas UPAs da cidade havia gente esperando por uma transferência para a Santa Casa. “Após essa fiscalização, a equipe técnica do hospital disse que puxaria todas as pessoas que estavam nas UPAs aguardando. Naquele momento, eram nove pessoas. E isso aconteceu na madrugada. Então o que nos preocupa é a falta de gestão da Santa Casa”, afirmou.  

O parlamentar também relatou ter conversado com alguns pacientes no local e eles teriam mencionado que os leitos estavam desocupados a um bom tempo. “É inadmissível ter fila aguardando liberação de leitos e os leitos disponíveis, ou seja, vazios. Isso não pode acontecer”, disse Elton Carvalho.   

Bruno Zancheta (PL), Elton Carvalho (Republicanos) e Marcos Palermo fizeram uma visita surpresa ao hospital. Foto: Divulgação

Também presente nesta fiscalização surpresa no hospital, o vereador Bruno Zancheta (PL) afirmou ter ficado preocupado com essa situação encontrada na Santa Casa: “Nós sabemos, é obvio, que falhas existem. Mas elas precisam ser corrigidas o mais rápido possível”.  

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Procurada, a Secretaria de Saúde informou que vai contestar a disponibilidade de leitos custeados pelo poder público. Além disso, explicou que, como gestor do SUS, o município pode cobrar providências junto à Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS), órgão responsável por regular os leitos disponíveis no estado de São Paulo. 

Outro lado 

Questionada pela reportagem do ACidade ON São Carlos sobre essa denúncia feita pelos vereadores e o secretário de Saúde, a Santa Casa enviou o seguinte comunicado:   
 
A Santa Casa esclarece que parte dos leitos vistos pelos vereadores estavam preparados aguardando a transferência dos pacientes. Os demais leitos foram desativados e não compõem a cota de leitos contratada pelo município.

Importante reforçar que esses leitos foram desativados no início da pandemia, para que os profissionais de saúde pudessem ser realocados para os setores COVID, em função do déficit de profissionais de saúde no mercado.

A Instituição reforça que está gradativamente retomando os leitos de enfermaria geral. Na última semana, foram reativados 18 leitos de enfermaria adulto. Na quinta-feira (5), havia 15 pacientes internados na UTI adulto (ocupação máxima) e 11 aguardando vagas de terapia intensiva no SMU. Todos os leitos de enfermaria também estavam ocupados e 20 pacientes aguardavam por uma vaga. A Santa Casa admitiu ao longo da quinta-feira, 10 pacientes das UPAs e 4 pacientes do Hospital Universitário.

Importante reforçar que neste momento existe um déficit de 44 leitos de UTI na região. Para suprir parte desta demanda, a Santa Casa mantém 10 leitos com toda estrutura de UTI no SMU, mas não recebe repasse de recursos para esses atendimentos. O custo é de R$ 2200 reais por dia e por leito, no total de R$ 671 mil reais.

SOBRE OS RECURSOS RECEBIDOS PELO HOSPITAL   

A Santa Casa recebeu, em 2020, R$ 100 milhões de reais (R$100.430.146,99) de recursos públicos. Mas teve um gasto de quase R$ 131 milhões de reais (R$ 130.971.577,00) no mesmo período.

SOBRE O REFERENCIAMENTO   

Em fevereiro de 2021, foi pactuado com a Secretaria Municipal de Saúde, com a anuência da Câmara de Vereadores, que a Santa Casa passaria a funcionar como um hospital referenciado. Isso quer dizer que os pacientes passariam a ser atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os casos de alta e média complexidade encaminhados via regulação oficial. Essa medida foi tomada, baseada em portaria do Ministério da Saúde, que determina que hospitais terciários funcionem dessa maneira. A adequação permitiu garantir o atendimento da demanda de pacientes adultos com COVID-19, já que a Santa Casa abriu, durante a pandemia, 30 leitos de terapia intensiva, 6 leitos de UTI Pediátrica, 10 leitos de enfermaria e até 20 leitos de suporte ventilatório.
 
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