Matão confirmou a morte de uma criança, de 11 anos, por meningite bacteriana. Luiz Eduardo Vital Bernardo estava internado há 10 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Carlos Fernando Malzoni, recebeu o diagnóstico da doença no último dia 22 e morreu na madrugada desta terça-feira (27).
O corpo do menino será velado no Velório Municipal da cidade até as 13h30 e, na sequência, será sepultado no cemitério local.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Orivaldo Reguin, o diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz após um quadro de infecção no ouvido. “Quando nós recebemos a notificação e a suspeita de meningite, a Vigilância Epidemiológica realizou as ações pontuais na escola, com os colegas, professores, agentes educacionais que tiveram contato, verifirou a situação vacinal de todas as crianças, inclusive do Luiz Eduardo, que estava em dia”, reforçou em entrevista à EPTV.
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Porém, o tipo de meningite que acometeu o garoto não é previnível com vacinação. “Tudo indica que ele estava com uma infecção que subiu para a meninge que, infelizmente, levou ao óbito”, concluiu.
Procurado, o hospital informou não ter autorização para divulgar qualquer informação referente ao caso.
Na última quarta-feira (21), o pai da criança publicou em uma rede social: “volta logo para casa, filho, tem muita gente te esperando” e, no sábado (24), torcedores do Corinthians fizeram uma corrente de oração em frente ao hospital.
O garoto estudava na Escola Municipal Adelino Bordignon, no bairro Nova Matão. As aulas foram mantidas normalmente na unidade.
De janeiro a maio, o estado de São Paulo registrou 1.698 casos e 113 mortes em decorrência de todos os tipos de meningite, segundo a secretaria de estado da Saúde.
A DOENÇA
A meningite é transmitida a partir do contato direto com as secreções respiratórias do paciente infectato e provoca inflação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Em comparação com a meningite bacteriana, que tem mais letalidade e chances de complicações, a meningite viral é considerada menos agressiva.
De acordo com a secretaria, no casos mais leves, os sintomas são semelhantes aos da gripe, com dores de cabeça e febre, mas com rigidez na região da nuca. Quando mais grave, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, dificuldade para encostar o queixo no peito e dor forte no pescoço.
“Manchas avermelhadas pelo corpo são sinais de que a infecção está se espelhando rapidamente e que o paciente deve buscar imediatamente assistência médica. Todos os casos de meningite bacteriana exigem tratamento hospitalar, mesmo os que apresentam sintomas leves“, completou o órgão.
VACINAÇÃO
A vacinação é a principal medida de prevenção das principais causas de meningite bacteriana e estão disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização.
- Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
- Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
- Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
- Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
- Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.
Em maio, o ministério da Saúde ampliou até julho a aplicação da vacina Meningocócica C para professores e agentes educacionais que mantém contato direto com os alunos em sala de aula, e adolescentes de 15 a 19 anos.
A vacina também é administrada em crianças até 10 anos de idade que nunca receberam a Meningocócica C, além da dose de reforço para trabalhadores de saúde.
Até junho também segue a aplicação temporária da vacina Meningo ACWY para adolescentes de 13 a 14 anos, 11 meses e 29 dias, também independentemente da situação vacinal. Lembrando que a vacina também está disponível para a faixa etária de 11 a 12 anos.
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