
Em nota, o Instituto Butantan afirmou que a medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária “não deve causar alarmismo” e reiterou a que os imunizantes são “seguros para a população”. Lotes da Coronavac tiveram a distribuição e uso suspensos por problemas na verificação da unidade fabricante.
Em São Carlos, há pelo menos um lote que foi aplicado em postos de vacinação.
Esclareceu, ainda, que foi o próprio instituto que “por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas”.
“O Instituto Butantan encaminhou à Anvisa há 15 dias toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas essas doses. Por isso, tem convicção que ela será concedida em breve. Caso necessário, pode complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, caso a agência julgue necessário”, diz a nota.
O Butantan prossegue afirmando que a Coronavac é o imunizante “mais seguro à disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), por causa da sua plataforma de vírus inativado”.
O instituto disse que os lotes liberados estão com o Ministério da Saúde e que “todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan”.
Informa, ainda, que 6 milhões de doses da vacina do Butantan, “que fazem parte de um lote de 12 milhões de imunizantes formuladas no site fabril da zona oeste de SP, aguardavam liberação da Anvisa. Na última quinta-feira (2), o órgão regulatório liberou e as mesmas foram expedidas na sexta-feira (3)”.
O Butantan ainda esclareceu que “esse pedido de liberação ao órgão regulatório aconteceu por uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, que pode ocorrer no decorrer da fabricação. A fábrica onde é feita a formulação e o envase da CoronaVac são todas certificadas pela Anvisa, desde o final de 2020”.
“O Butantan convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac, na China, e reforça o seu compromisso com a saúde pública, que é comprovado ao longo de seus 120 anos de história”, finaliza a nota.