
A cidade de Ribeirão Preto tem se destacado, cada vez mais, como um dos municípios mais inovadores do Estado de São Paulo. Com mais de 700 mil habitantes e abrigando um dos campi da USP (Universidade de São Paulo), uma das melhores universidades do país, Ribeirão atrai centenas de estudantes de todo o país.
O município ganha muita visibilidade nas áreas de inovação e empreendedorismo. Principalmente em relação as organizações do setor de agronegócio e das empresas de tecnologia focadas em educação e em saúde.
NÚMEROS
A cidade possui cerca de 230 startups em mais de 10 segmentos diferentes. E muitas empresas são jovens. Quase 50% dos novos negócios em inovação foram iniciados entre os anos de 2018 e 2020.
SUPERA
Fortalecendo a região a partir da universidade e de estratégias para atração de empresas, a cidade é sede do Supera, Parque de Inovação, que é um polo de aceleração para empresas de base tecnológica em diversos tipos de atividades.
O Parque fica dentro do campus da USP e se mantém por meio de parceria entre a universidade, a Prefeitura e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.
O Parque ainda é ponto de três APLs (Arranjo Produtivo Local) nas áreas de Saúde, de Software e de Cervejas. Vale lembrar que os APLs são concentrações de empresas do mesmo setor e que se relacionam entre si com objetivo de juntas tornarem-se mais competitivas no mercado em que atuam.
Inovação e Empreendedorismo
São muitas as iniciativas empreendedoras na cidade e na região. Uma delas é liderada por um grupo de mulheres produtoras de mel de abelhas nativas sem ferrão. A cofundadora do projeto, Thais Guaratini, conta que tudo começou com o manejo das abelhas para comercialização do mel para atender a restaurantes de alta gastronomia.
"Fomos ampliando o leque para aproveitar de maneira integral todos os subprodutos, como a cera, o própolis, o pólen e hoje estamos crescendo cada vez mais", afirmou.
O projeto cresceu tanto que se transformou em uma iniciativa que engloba outras mulheres da cidade, algumas em situação de vulnerabilidade social e outras que vivem no campo e que hoje também se tornaram produtoras.
A cofundadora, Elaine Cunha, afirma que a iniciativa busca na tecnologia os meios para aproveitar toda a produção e que envolvem outras pessoas priorizando o respeito e o cuidado com a biodiversidade.
"Dessa forma, conseguimos fomentar toda uma cadeia produtiva para que a gente possa adquirir dessas produtoras por meio de uma economia justa, e para que juntas a gente possa crescer. E hoje vemos que elas próprias já têm um olhar diferente para o ambiente em que elas vivem", avaliou.
Hoje a produção está sendo ampliada para, em breve, atender também à indústria de cosméticos. O grupo faz o manejo de abelhas das espécies Jataí, Mandaguari, Mandaçaia, Borá e Tiúba.
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