Com alta recorde no preço do café, que chegou a aumentar 40% em 2024, segundo o IPCA (Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), versões mais baratas e impuras, chamadas de “café fake”, do produto começaram a ganhar espaço nos supermercados.
O produto está sendo vendido com preços inferiores aos originais, e tem preocupado as indústrias do setor, colocando em risco os consumidores.
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O que é café fake?
O “café fake” imita o sabor do café de forma artificial, mas não é fabricado diretamente do grão. O produto falsificado leva em sua composição cascas, mucilagem, galhos, pedra e palha, que são proibidos por lei para consumo humano.
Qual a diferença do café fake para o café normal?
O “café fake” uma mistura de café com impurezas, segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café). O pacote de meio quilo sai por R$ 13,99, menos da metade do preço médio do café no varejo, que atualmente está em quase R$ 30.
O produto é um caso extremo de uma tendência do mercado em vender aos consumidores produtos que parecem, mas não são. Um exemplo disso é a mistura láctea, que imita o leite condensado.
Qual a diferença do café fake para o café normal?
O produto fake serve exclusivamente para a área econômica. “Quando o custo dos itens básicos aumenta, comprometendo o orçamento doméstico, as famílias de baixa renda brasileiras tradicionalmente se veem sem uma alternativa a não ser substituir os produtos que costumam consumir por outros de menor qualidade ou similares” diz Luciana Medeiros, sócia e líder do setor de varejo na consultoria e auditoria PwC.
O que a ABIC disse sobre o café fake?
Em nota, a Abic se posicionou sobre o “café fake”: “Há quatro décadas, os setores público e privado trabalham juntos na garantia da oferta de um bom produto através das certificações. Portanto, a recomendação é que os consumidores adquiram apenas café que possuam o selo de pureza e qualidade da Abic”, diz a nota.
Qual a polêmica do café fake?
A polêmica do “café fake” está relacionada ao fato de que, embora imitar o sabor do café, não é fabricado a partir do grão. No Brasil, as legislações sanitária e de defesa agropecuária proíbem a comercialização de café misturado com outros resíduos.
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