*Por: Marina Fávaro
“Arriba, abajo, al centro y adentro!”. É assim que começa o ritual para apreciar a tequila, uma bebida alcoólica destilada que tem a origem no coração do México e carrega o calor do deserto. Mas qual é, afinal, a matéria-prima para a produção da tequila?
É a agave (azul ou de Weber), uma planta suculenta nativa das regiões áridas do México e do sul dos Estados Unidos. É conhecida pelas longas folhas pontiagudas e pela capacidade de armazenar água. “A tequila é a cachaça da agave”, brincou o pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Gonçalo Pereira.
O processo de produção da tequila começa com a colheita da piña (o coração/ miolo da agave), que é rica em açúcares. As piñas são cozidas com o calor do vapor dos fornos de tijolos ou das autoclaves de aço inoxidável em que são depositadas; depois elas são trituradas e enxaguadas para separar o líquido das fibras. Esse líquido, que é rico em açúcares, é fermentado por alguns dias com leveduras naturais. É nesse processo que os açúcares são transformados em álcool.
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O líquido fermentado possui baixo teor alcoólico e, por isso, ele é destilado. Além disso, a destilação, que pode ser feita em alambiques ou colunas de destilação, garante a pureza do produto consumido. Depois disso, a bebida é engarrafada e, enfim, comercializada mundo a fora.
Dependendo do tipo de tequila, a bebida pode ainda ser envelhecida em barris de carvalho, com o objetivo de desenvolver sabores mais complexos com notas de baunilha e caramelo. A agave demora de cinco a dez anos para atingir a maturidade: quanto mais madura, mais açúcares produz, o que resulta em uma tequila mais saborosa.
Segundo Fábio Raya, que é pesquisador da Unicamp, são necessários de 4 a 5 quilos de piña para produzir 1L de tequila.
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*Sob supervisão de Virginia Alves
