*Por: Marina Fávaro
O que te lembra o Halloween? Certamente, você pensou em bruxas, doces ou travessuras e abóboras esculpidas com rostos assustadores. O fruto é uma antiga tradição, que teve início com a cultura celta e países europeus, como Escócia, Inglaterra e Irlanda. Antigamente, muitas pessoas acreditavam que os espíritos de quem já morreu iriam se misturar com os vivos.
Em resposta ao medo, a população começou a se vestir e desenhar rostos aterrorizantes em vegetais abundantes após a época da colheita, como abóboras, nabos (ou rabanetes) e beterrabas. Outra história associada à escultura é a de Stingy Jack, um personagem que tem no lugar do rosto uma abóbora recortada com olhos, nariz e boca, porque foi castigado.
Se engana quem pensa que a abóbora de Halloween, do tipo Pumpkin, é a única variedade que existe: nos supermercados e feiras, é possível encontrar uma rica variedade de espécies, que estão cada vez mais presentes no prato do brasileiro graças às propriedades nutricionais e às cores vibrantes, que conferem beleza às receitas. Entre as variedades, moranga, cabotiá, de pescoço, italiana (ou abobrinha) e maranhão são alguns exemplos, os quais destacamos as principais características a seguir:
Abóbora moranga: é um dos tipos mais populares, sendo famosa na culinária por causa do preparo do prato ‘camarão na moranga’.
Abóbora cabotiá: também conhecida como japonesa, possui rígida casca verde-escura e polpa densa e macia. Deve ser plantada com outra cultivar de abóbora para que ocorra a polinização.
Abóbora-de-pescoço: é famosa pelo tamanho que pode chegar. Também é mais fibrosa se comparada a outras variedades.
Abóbora italiana: também conhecida como abobrinha, possui formato cilíndrico e coloração, geralmente, verde-clara com listras verde-escuras.
Abóbora maranhão: tem coloração externa creme alaranjado e interna alaranjado intenso.
LEIA MAIS
Abelhas-sem-ferrão serão adestradas para polinizar cacau?
Quais marcas de azeite foram proibidas?
Segundo a equipe Hortifruti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Bahia, Paraná e Santa Catarina são os principais estados produtores. Geralmente, o plantio é realizado com sementes híbridas ou mudas, sendo que as regiões ideais para a atividade são as com clima quente e úmido. A colheita, por sua vez, ocorre o ano todo, mas em diferentes regiões do país: no Sul e Sudeste colhem de outubro a março; já no Centro-Oeste, de abril a setembro.
Em nota, a equipe Hortifruti explica que “quanto ao custo, pode oscilar muito de acordo com o manejo e a técnica de irrigação aplicada em cada região. A demanda, por sua vez, é restrita ao mercado nacional e costuma ser satisfatória, sendo que o pico é atingido no inverno”. Há ainda alguns gargalos a serem enfrentados pelos produtores de abóbora:
• é preciso conhecer melhor o mercado para obter, portanto, boa rentabilidade;
• tem pouca mão de obra disponível;
• é necessário driblar os desafios impostos pelas pragas (como a mosca branca) e condições climáticas extremas, como chuvas em excesso que podem prejudicar a qualidade do fruto ou ainda causar abortamentos durante a florada.
*Sob supervisão de Virgínia Alves
LEIA TAMBÉM
O que é a PL dos clones de animais? Entenda o que foi aprovado