O Ministério da Agricultura e Pecuária registrou mais de 45 defensivos agrícolas para controle de pragas. A medida foi publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União, e os produtos devem ficar disponíveis em breve para os agricultores.
Do total registrado, 15 são de baixo impacto, de acordo com publicação da pasta. Entre os novos registros, há produtos biológicos e químicos, que podem atuar no controle de pragas nas culturas de cana-de-açúcar, algodão, feijão, abacate, café, milho, soja, entre outros.
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PRODUTOS BIOLÓGICOS
Entre os biológicos, destaca-se o registro de um produto a base da mistura de Paenibacillus azotofixans; Bacillus subtilis; Bacillus licheniformis e Bacillus circulans recomendado para controle dos nematóides Macrophomina phaseolina, Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica e do fungo Rhizoctonia solani. Essas são pragas de solo que afetam várias culturas.
Outro defensivo de baixo impacto registrado hoje é a base de Priestia megaterium, recomendado para o controle de Pratylenchus zea, nematóide de grande importância para a cultura do milho, mas afeta também outras culturas como a cana-de-açúcar, algodão e feijão.
Para os produtores de abacate, foi registrado um produto a base de (Z)-9,13-TETRADECADIENAL, feromônio sexual para controle de Stenoma catenifer, que é uma praga específica dessa cultura. Ele é interessante para produtores de CSFI (Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente), também conhecidas como minor crops, que normalmente possuem poucos ativos específicos registrados.
Ainda no registro de produtos de baixo impacto, a publicação traz um regulador de crescimento a base de Bacillus aryabhattai CBMAI1120 + Bacillus haynesii CCT7926 + Bacillus circulans CCT0026. O modo de ação desse produto é ativando a planta por meio dos compostos biológicos presentes na formulação.
PRODUTOS QUÍMICOS
Já em relação aos produtos químicos, a inovação se dá pelos primeiros registros com o ativo Fluindapyr no Brasil. Ao todo, são quatro defensivos que possuem o fungicida e nematicida do grupo pirazol-carboxamidas (pyrazole-carboxamides), já registrado nos Estados Unidos e em fase de registro na União Europeia. Esses produtos serão mais uma ferramenta que os produtores poderão utilizar para o controle de pragas no campo nas culturas do amendoim, café, feijão, milho e soja.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, “o registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”.
A pasta ainda assegura que todos os novos defensivos agrícolas foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
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