O mês de novembro tem sido atípico para os cafeicultores do sudeste. A primavera vem registrando baixas temperaturas, muito semelhante às do inverno, o que tem sido prejudicial a muitas lavouras. Mas as oscilações nos termômetros também podem trazer pontos positivos.
De acordo com o engenheiro agrônomo Gustavo Rennó, a variação de temperatura na primavera não é uma surpresa. “O problema é o tamanho da variação do clima”, explica.
Para ele, é entre a primavera e o verão que a lavoura precisa de mais atenção para melhor se desenvolver. Para conferir a explicação completa do especialista, assista ao vídeo abaixo:
LEIA MAIS
Entenda a importância do conhecimento para a produtividade da lavoura
Saiba como a região Matas de Minas tem se destacado com a produção de café
PRIMAVERA ATÍPICA
Neste ano de 2022, a primavera teve um início chuvoso e as plantas de café tiveram um desenvolvimento mais rápido do que o convencional.
Esse início de temporada pode ser considerado positivo, pois as plantas poderão suportar uma carga mais alta nos próximos dias. O frio atrasa o desenvolvimento e é preciso ter um reforço a mais nos nutrientes para o café.
Outro lado negativo deste frio atípico é a doença da phoma, causada pela união do frio com a alta umidade, que faz a planta ficar estressada e abaixa a imunidade dela. A phoma é a grande responsável por reduzir a produtividade da lavoura com essas condições.
Os danos causados pelo frio devem ser observados com atenção. Dependendo do prejuízo, o cafeicultor deve rever o plano de adubação e regular corretamente os nutrientes. Um lado positivo do frio, sobretudo, é a ausência do bicho mineiro, que tem o desenvolvimento atrasado pela queda de temperatura.
VEJA TAMBÉM
Crise climática afeta produção de hortaliças no Cinturão Verde de SP
*Com supervisão de Marcos Andrade