11 de fevereiro de 2025
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EP Agro

O fungo do queijo faz mal? 

Uma das principais dúvidas entre os consumidores de queijo é se o fungo presente nesses produtos faz mal para a saúde; descubra

Uma das principais dúvidas entre os consumidores de queijo é se o fungo presente nesses produtos faz mal para a saúde; descubra. (Foto: Freepik)

Os queijos mofados são conhecidos pelo sabor marcante e textura única, mas uma dúvida comum entre os consumidores é se o fungo presente nesses produtos pode fazer mal para a saúde. De fato, o termo “mofo” pode gerar dúvidas, mas é importante entender a diferença entre os fungos utilizados de forma controlada e os que podem ser prejudiciais ao organismo. 

Esses queijos se dividem em duas categorias principais: os de mofo azul e os de mofo branco. Cada um tem características próprias e tipos diferentes de fungos, mas em ambos os casos a presença é intencional e faz parte da fabricação. Queijos como gorgonzola e roquefort apresentam coloração azul formada pelo fungo Penicillium roqueforti, este é misturado à coalhada e se desenvolve ao longo da maturação do queijo. No caso do brie e camembert o fungo utilizado é o Penicillium camemberti, que é adicionado no fim da produção trazendo cremosidade e sabor para o queijo.  

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Os dois tipos de mofo são seguros para consumo, desde que o queijo tenha sido produzido dentro dos padrões de fabricação e armazenamento. De acordo com a nutricionista Anna Carolina Victorino Andrade Neves, “de maneira geral, os fungos usados nesses queijos são seguros para consumo e podem até ter benefícios para a saúde. Eles não são os mesmos tipos de fungos tóxicos que produzem micotoxinas perigosas.” 
 

Usados justamente para melhorar as características do produto, os fungos presentes na produção dos queijos não são tóxicos. Pelo contrário, a presença do fungo nos queijos mofados pode trazer benefícios à saúde, “algumas pesquisas indicam que o Penicillium roqueforti pode ter propriedades antimicrobianas e antioxidantes”, afirma Anna. Além disso, o consumo moderado desses queijos pode contribuir para uma dieta equilibrada, fornecendo proteínas, cálcio e fósforo.  
 
 

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Entretanto, o consumo excessivo pode ser prejudicial, como esses queijos são ricos em gordura e sódio podem contribuir para problemas cardiovasculares e aumento do colesterol.  Embora o mofo em si não cause esses problemas, Anna alerta que “por serem queijos gordurosos e salgados, o consumo excessivo pode levar a problemas como aumento do colesterol e hipertensão.” 
 

Outros riscos são quando os mofos não controlados aparecem em queijos que não foram feitos para conter fungos. Um queijo como cheddar ou mussarela, por exemplo, pode desenvolver um mofo azul, mas uma espécie diferente de Penicillium que é extremamente prejudicial à saúde, causando intoxicação alimentar, com sintomas como náusea, vômito e diarreia. Portanto, ao consumir queijos é essencial estar atento se o produto foi contaminado com fungos impróprios para consumo.  

Além dos riscos relacionados ao mofo não controlado, é importante ressaltar que os queijos mofados intencionalmente possuem benefícios nutricionais, desde que sejam inseridos em uma dieta equilibrada. Outro benefício é o equilíbrio intestinal,  “embora esses fungos não sejam probióticos, algumas evidências sugerem que podem ter um efeito positivo na microbiota intestinal, ajudando a equilibrar as bactérias benéficas.”, diz a nutricionista.  

Em resumo, os queijos mofados produzidos de forma controlada, com fungos específicos, são seguros e podem até trazer benefícios para a saúde, como a melhora na digestão e o fornecimento de nutrientes essenciais, desde que consumidos de forma moderada. No entanto, é fundamental prestar atenção no armazenamento e na aparência do queijo para evitar a ingestão de fungos tóxicos. Dessa forma, ao escolher seu queijo mofado, é importante verificar a procedência e garantir que ele tenha sido produzido adequadamente.  

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