11 de fevereiro de 2025
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EP Agro

O café vai ficar mais caro?

O preço do café alcançou recordes históricos, mas as projeções para 2025 indicam estabilidade, com possíveis oscilações em 2026 dependendo das condições climáticas

O futuro do mercado de café depende de diversas variáveis, como fatores climáticos, econômicos e de oferta e demanda (Foto: Pixabay)

*Por: Luana da Fonte

O preço do café atingiu níveis recordes no Brasil e no mercado internacional nos últimos meses. A cotação do café arábica, por exemplo, alcançou R$ 2.025,00 por saca de 60kg no mês de novembro de 2024, o maior valor registrado nos últimos 50 anos. Já o robusta foi cotado a R$1.588,70 pela mesma quantidade, batendo recorde histórico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na Bolsa em Nova York, onde o grão é negociado, o mercado continua registrando valorizações expressivas seja no arábica ou no robusta. No entanto, a grande pergunta é: o preço do café vai continuar subindo?

De acordo com o consultor de agronegócio, José Carlos de Lima Junior, as altas cotações do café são consequência de diversos fatores climáticos. “A irregularidade nas chuvas no Brasil e a seca prolongada no Vietnã no ano passado foram responsáveis pela cotação recorde do café”, explicou o consultor.

O Brasil, um dos maiores produtores de café do mundo, sente o efeito direto com a valorização da saca. Desde a Covid-19 e os impasses logísticos para abastecimento global, os estoques estão baixos e o consumo segue constante, o que aumenta o valor.

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“O café é uma cultura perene, com ciclo longo de 20 a 25 anos. Logo, momentos de estresse hídrico  prejudicam a planta e o resultado é a perda da produtividade, com menor oferta de fruto por planta”, complementou Junior. Vale lembrar que embora os preços estejam elevados, as projeções para esse ano indicam uma possível estabilidade no mercado. “A safra 2025, em tese, já está dada. Os preços devem se manter estáveis no mercado à vista”, afirma o especialista. Nos fundamentos, no entanto, analistas afirmam que não há mudanças. O mercado continuará preocupado com a oferta, apesar de outras origens como Colômbia e Vietnã trabalharem com a expectativa de melhora nos próximos ciclos.

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Já para o ano de 2026 há controvérsias, o consultor alertou que “se o inverno vier intenso, dado que estamos em ano de La Niña, podemos vir a ter problemas com a oferta futura, o que faria os preços se manterem em patamares elevados”. Entretanto, se o clima for ameno nos meses de junho, julho e agosto, momento de inverno no Brasil, a expectativa é que a safra de 2026 seja excelente, o que poderia reduzir os preços.

O futuro do mercado de café depende de diversas variáveis, como fatores climáticos, econômicos e de oferta e demanda, portanto se o clima for favorável e a safra de 2026 for boa, podemos ver uma redução nos preços nos próximos anos.

*Sob supervisão de Virgínia Alves

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