A pandemia de covid-19 teve impacto no comportamento do consumidor e na comercialização do pescado. A conclusão é de um estudo feito em todas as regiões brasileiras e divulgado nesta semana pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Uma em cada quatro pessoas (26,92%) disse que reduziu a alimentação de pescado e 4% dos pesquisados eliminaram totalmente o consumo dessa proteína.
A pesquisadora da Embrapa em Pesca e Aquicultura, Hellen Kato, lembra que o consumo de pescado é maior fora de casa, por causa das dificuldades de preparo. Com isso, o setor de restaurantes foi um dos mais afetados.
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Por causa do isolamento social, a quantidade de consumidores que compram em hipermercados aumentou de 21% para 29%. Em compensação, caiu o consumo em feiras livres, limitando as opções de compra, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e no Pantanal.
O estudo também abordou a questão de incentivos para o setor. De acordo com a pesquisadora da Embrapa, a ração animal é o item que mais pesa para o setor de psicultura e a redução do PIS/Cofins poderia ser uma alternativa. Além disso, ela explica que alguns Estados já promovem o incentivo para o setor regionalmente.
A pesquisadora também aponta que o consumidor alegou ter mais dificuldade para escolher produtos de qualidade durante a pandemia, por preferir a “condição de frescor” do pescado em feiras livres. Porém, ela lembra também que, por outro lado, peixes congelados podem ter até mais qualidade, pois passam por mais processos de inspeção que nos mercados informais.
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