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Plantio de amendoim na palha reduz custos em até 20%

Pesquisa realizada pelo IAC (Instituo Agronômico) aponta que técnica também reduz a erosão do solo em 90%, além de outros benefícios

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Plantar o amendoim diretamente na palha da cultura anterior é uma técnica que reduz o custo da produção em até 20% e a erosão do solo em 90%. A inovação é resultado de 24 anos de pesquisas realizadas pelo IAC-APTA (Instituto Agronômico – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios). Veja outros benefícios do método:

  • Diminui a infestação de pragas e doenças
  • Diminui a aflatoxina, que impede o consumo do grão
  • Aumenta a tolerância à seca e às adversidades climáticas
  • Favorece a preservação da matéria orgânica do solo

O método ainda possibilita as certificações e o arrendamento de terras.

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Redução no custo da produção

Denizart Bolonhezi, cientista responsável pela pesquisa, aponta que a redução nos custos de produção varia de 10% a 20% graças ao menor consumo de diesel nas operações de plantio. Isso ocorre porque a palhada contribui para reduzir a infestação de algumas pragas, doenças e plantas daninhas, além de diminuir a incidência e a severidade de doenças ocasionadas por vírus.

“O sistema diminui a dispersão do vetor e pode reduzir a incidência da pinta preta, doença que causa a desfolha da planta e pode derrubar a produção em 50%”, afirma o cientista do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Redução nas perdas de solo

A plantação na palha reduz em 90% as perdas de solo porque esse sistema diminui a erosão justamente por não o deixar desprotegido, sob a ação direta de águas da chuva.

“Sem a palhada, para cada 1,0 kg de amendoim produzido, estimam-se perdas de 5,0 kg de terra por erosão”, explica.

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A palhada também preserva a matéria orgânica do solo, que contribui para aumentar a quantidade de elementos químicos disponíveis para reter nutrientes e água. Essa técnica também favorece a atividade de microrganismos no solo.

“O amendoim é nativo da América do Sul e evoluiu com a biota presente no solo. Há uma tendência de uso de bioinsumos que são favorecidos pela palhada”, comenta.

Redução da aflatoxina

A redução do efeito da seca proporcionada pela palhada leva à diminuição da aflatoxina, substância que impede o consumo do amendoim e afeta as exportações do grão. Isso ocorre porque a seca na pré-colheita favorece a ação do fungo produtor da aflatoxina, chamado Aspergillus flavus. “A presença da palhada reduz o efeito da seca, mantém maior biodiversidade e, por consequência, diminui a ação desse fungo no solo”, esclarece. Além disso, reduz trincas nas cascas das vagens, que são portas de entrada do fungo.

Certificações

Bolonhezi ressalta que boa parte da produção nacional de amendoim está concentrada no estado de São Paulo e segue para exportação. Assim, o plantio na palha favorece as certificações e adequações dos exportadores às normas ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance, ou em português, Ambientais, Sociais e de Governança), o que também beneficia quanto aos créditos de descarbonização.

O que o Plantio Direto na Palha tem a ver com o arrendamento de terras?

O mercado tem mostrado que produtor de amendoim que não adota o sistema é preterido pelas usinas, que preferem não preparar o solo de forma intensiva. Essas empresas então optam por arrendar com sojicultores, que adotam o plantio direto e acabam tendo maior facilidade em negociar com as usinas.

Os produtores de soja, milho e algodão no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul fazem uso do plantio direto. “Inserir o amendoim nesses novos arranjos produtivos demandará saber produzir palhada – insumo farto e disponível nas áreas de reforma de cana”, considera Bolonhezi

O pesquisador esclarece que a busca por arrendamentos de terras em outros estados se deve mais à mudança na escala de produção de uma parcela dos produtores, que necessitam de áreas maiores. Nessas novas regiões, a semeadura direta será importante pois já é realidade para outras culturas, como soja e amendoim.

“A grande vantagem da parceria com a reforma de canaviais é o vazio sanitário que a cana proporciona (5 a 7 anos sem outra cultura na área). Isso não ocorre em outros arranjos produtivos, demandando maior atenção dos agricultores, pois anos sucessivos de cultivo de amendoim podem inviabilizar a atividade em decorrência de pragas e doenças”, alerta.

*Com informações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.

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