O javali europeu (Sus scrofa) não é uma espécie nativa da fauna brasileira. Ele foi introduzido no país, e seu cruzamento com o porco deu origem ao chamado javaporco, espécie com muita capacidade de dominar ecossistemas. Sem ter um predador natural, como ocorre na Europa, onde são presas de ursos, os javalis no Brasil se reproduzem rapidamente.
Em 2024, a Fundação Florestal, vinculada à Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado de São Paulo), abriu edital para contratar o serviço de monitoramento e controle dos javalis e javaporcos.
Segundo o governo, as Estações Ecológicas de Angatuba, Barreiro Rico, Itirapina e Santa Bárbara e o Parque Estadual de Ilhabela estavam com superpopulação dos animais, o que poderia prejudicar a biodiversidade, além de ameaçar os frequentadores desses espaços.
Por que o javali é uma praga?
Os javalis e os javaporcos são considerados, pela UICN (União Internacional para Conservação da Natureza), uma das 100 piores pragas agrícolas e ambientais do mundo. Isso porque os animais costumam atacar florestas e plantações, além de danificar nascentes dos rios por conta do hábito de cavar e revirar o solo em busca de alimento, chafurdar na lama e se refrescar nos cursos d’água. Os javalis e javaporcos ainda atacam animais invertebrados e vertebrados. Eles são considerados pragas, pois:
- atacam lavouras e animais domésticos;
- podem transmitir doenças (febre aftosa, leptospirose, peste suína clássica);
- causam exposição do solo;
- provocam alteração da composição da vegetação;
- estabelecem competição com espécies nativas.
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