Até o final do mês de agosto, 96% do plantio de café já havia sido colhido e, com os números, a estimativa é de que a safra feche em 54,79 milhões de sacas beneficiadas. A quantia não é uma das maiores, visto que, no ano passado, ela fechou em 0,5% a mais que isso.
Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e vieram a público nesta quinta-feira (19). Além do aspecto quantitativo, o levantamento mostra que o clima, fator qualitativo, também interferiu muito nos resultados.
Fatores adversos
As condições climáticas desviaram a perspectiva de crescimento que se tinha no início da atual safra, já que havia a situação das lavouras e o ciclo de alta bienalidade pesando favoravelmente ao plantio.
A redução das perspectivas aconteceu em razão do aparecimento de adversidades como:
- Estiagens;
- Chuvas esparsas e mal distribuídas;
- Altas temperaturas.
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Exportação
O cenário de baixa produtividade reflete na dinâmica de mercado, mas, tal qual em 2021 e 2022, o grão brasileiro continua ajustado apesar das limitações impostas pelo clima. Sabe-se que o volume de sacas de quilo de café exportadas de janeiro a agosto deste ano é 40,1% maior que no mesmo período do ano passado.
Os dados foram disponibilizados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e apontam para uma possível superação do recorde anual de 2020, se as exportações nesse último semestre se mantiverem altas.
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