*Por: Virgínia Alves
Encontrar oportunidades de fazer negócios e apresentar o trabalho de um ano todo: esse é o objetivo dos produtores de café que viajam do Brasil todo para marcar presença na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG).
Do campo à xícara, o evento reúne mais de 20 mil pessoas. Para os produtores, é a chance de “se colocar” no mapa dos cafés especiais. O encontro acontece há mais de dez anos, mas para muitos a SIC ainda é uma novidade.
Com mais de 30 regiões produtoras, o país trabalha para fortalecer a imagem da qualidade e sustentabilidade dos cafés do Brasil. As novas regras de importação da União Europeia, por exemplo, amplia a necessidade de ações estratégicas de comunicação.
Representantes de mais de 40 países puderam experimentar os cafés produzidos em todo o Brasil. Durante os últimos meses a incerteza na safra brasileira e em outras origens produtoras ajudou a dar suporte aos preços do café no mercado internacional. Temperatura elevada, chuva abaixo da média e grãos miúdos marcaram o período.
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“O clima está impactando os negócios, mas os cafés estão acima da média. As dificuldades estão aí, mas os produtores estão conseguindo fazer um trabalho fantástico em relação a qualidade”, comentou Caio Fontes, idealizador do evento.
Chama atenção a quantidade de pequenos produtores que têm investido na produção de cafés orgânicos e em sustentabilidade. Com dois ou 60 hectares, cafeicultores apostam nesse nicho de mercado e buscam por certificações e mais espaço no mercado internacional.
Para os preços, a tendência ainda é de variações expressivas, de acordo com Ricardo Schneider, do Centro de Comércio de Café de Minas Gerais. A saca do café atingiu valores acima de R$ 1.800,00 nos últimos dias. O especialista afirma que a preocupação com a oferta, o produtor retraído e os problemas em outras origens devem continuar sustentando as negociações.
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