Por Luana da Fonte, supervisionado por Marina Fávaro
Presente diariamente na mesa da maioria dos brasileiros, o arroz é um dos alimentos mais consumidos no país! Isso porque ele é essencial para uma boa dieta. Segundo Janine Guedes, pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), “rico em carboidratos de fácil digestão, o arroz fornece energia essencial para o corpo e contribui para a manutenção de uma alimentação equilibrada”, destaca.
Apesar de ser o mais consumido, não é só o arroz branco tradicional que contém esses benefícios. De acordo com Janine, o arroz parboilizado, que passa por um processo de pré-cozimento antes de ser embalado, mantém mais nutrientes e os grãos ficam mais soltos depois de cozido. Há também o arroz integral, que preserva o farelo e o germe do grão, que nada mais é do que a parte mais nutritiva do arroz. Outro tipo é o arbório, usado para preparar risotos, e que tem como principal característica o alto teor de amido no grão.
Nos últimos anos novas variedades têm ganhado espaço nas prateleiras e nos cardápios. O arroz negro, o vermelho e o cateto, também chamado de japonês, estão sendo cada vez mais procurados, impulsionados pela busca por alimentos mais saudáveis e diversificados.
O arroz negro possui textura macia, menos gordura e menor indice calórico quando comparado com o arroz comum. Já o vermelho tem grãos alongados e sua cor é avermelhada devido à antocianina, composto natural que dá cor aos alimentos. Enquanto o arroz cateto possui grãos curtos e pegajosos, ideal para pratos como risotos e sushi. A pesquisadora da EPAMIG afirma que essas variedades possuem maior teor de fibras, antioxidantes e minerais, sendo valorizadas em dietas funcionais e na gastronomia gourmet.
Ela destaca, porém, que a produção do grão também enfrenta desafios. Custos elevados de insumos, variação nos preços de mercado, concorrência com o arroz importado e as mudanças climáticas são alguns dos fatores que impactam os produtores. De acordo com Janine, um dos caminhos para superar essas dificuldades é investir em pesquisa e inovação. “Novas variedades de arroz estão sendo estudadas, com foco em maior resistência a pragas e tolerância a estresses ambientais, como seca, calor e salinidade”, afirma.
Assim, instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com a EPAMIG, desenvolvem novas variedades a partir desses critérios. “Atualmente, uma nova linhagem encontra-se em processo de registro, apresentando características promissoras como rusticidade, precocidade e excelente rendimento de grãos inteiros”, conclui Janine.
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