*Por Virgínia Alves
Do campo à cidade, ela está em tudo: no plantio de alimentos, no carro, no celular e na saúde pública. A borracha está presente. Sua produção, oriunda das seringueiras, evidencia um setor promissor do agronegócio. Com origem na Amazônia, a pesquisa e a ciência tornaram possível seu cultivo em outras áreas do Brasil.
No Sudeste do Brasil, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi responsável pelas pesquisas, e na região de Barretos/SP está localizada uma das maiores plantações de seringueiras do estado. As ações dos últimos anos transformaram São Paulo no maior produtor de borracha do Brasil.
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A borracha é um mercado promissor, com mais de 40 mil produtos que utilizam esse material em sua fabricação. Segundo dados publicados pela Universidade Federal de Santa Catarina, no início do cultivo, o látex — também conhecido como borracha natural — era utilizado apenas para fins escolares, seringas e galochas. O mercado sempre foi tão promissor que a borracha chegou a ser chamada de “ouro branco” do Brasil. O volume de exportação, sobretudo de seringas, era muito significativo antes da Segunda Guerra Mundial.
“O látex é uma mistura de borracha, água e outros constituintes, como antioxidantes naturais, ativadores de vulcanização, proteínas e ácidos graxos. A mistura com enxofre ou cloro gasoso resulta em diferentes tipos de borracha. A borracha natural é extraída da seiva da árvore, cuja principal fonte é a seringueira”,
explica.
O IAC foi responsável pela criação de pelo menos 15 variedades que apresentam boa produtividade e conquistaram os produtores. As pesquisas sempre foram focadas em encontrar variedades que se adaptassem aos diferentes climas e solos encontrados no estado de São Paulo, que atualmente conta com mais de 90 mil hectares e geração de mais de 19 mil empregos diretos por ano.
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