Um dos elementos indispensáveis quando se fala nas músicas de festas juninas é a sanfona. A combinação é perfeita, como prova o sanfoneiro Enok Virgulino:
Quando tem festa junina, o primeiro convidado sempre é o sanfoneiro e por isso eu sempre tive essa abertura nessa época do ano. As festas são fortes no Nordeste e eu vivi isso desde Parnamirim. Lá tem muitas quadrilhas organizadas e até mesmo campeonatos de quadrilha. As crianças são incentivadas a dançar quadrilha para ganhar pontos nas provas da escola
diz o ex-integrante do Trio Virgulino
Enok está na carreira musical há mais de 50 anos e, apesar de hoje em dia brilhar nas cidades na região do município paulista de Americana, ele nasceu em Parnamirim, Pernambuco. “Comecei aos 10 anos e não parei mais. Inclusive, já fiz muitas festas juninas para pessoas importantes, como uma na casa do Faustão, por exemplo”, conta orgulhoso.
“Enok Virgulino Convida”
No disco “Enok Virgulino Convida” que conta com nove faixas e participações muito especiais de artistas reconhecidos em todo o cenário musical, sobretudo no forró, música típica do Nordeste e que faz parte das raízes de Enok.
Depois que eu gravei meu novo disco, que conta com a participação de muitos convidados, surgiram ainda mais convites para tocar nas festas juninas. Estou tendo uma abertura muito linda e estou tão feliz com isso
revelou Virgulino
Alguns convidados do álbum foram:
- Gilberto Gil;
- Tato Falamansa;
- Chico César;
- Mariana Aydar;
- Mestrinho;
- Geraldo Azevedo.
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Festejos juninos
O sanfoneiro lembrou de um episódio em que foi convidado para falar de festa junina na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Na ocasião tinham muitas autoridades e especialistas, como professores e pessoas desse meio.
Cercado de gente importante e com muito conhecimento sobre festas juninas, percebi que eu não sabia exatamente o que eu poderia falar. Então, optei por levar minha sanfona
contou à reportagem
Então, ele falou das histórias vividas nas festas juninas e em sua carreira de maneira geral. “Cada história desbocava em uma música e assim foi um evento muito agradável. Eu pude falar, contar histórias e ainda tocar e alegrar a todos. O mais importante da minha participação não foi exatamente a teoria sobre as festas, mas sim, minha vivência”, disse o sanfoneiro que é apaixonado por festas juninas e sanfona.
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