Meu primeiro contato em Caos Infernal foi marcado por uma sensação que não sentia desde o lançamento de Diablo IV.
O entusiasmo era quase grande, como se cada novo conteúdo fosse uma promessa de um mundo ainda mais sombrio e desafiador.
Agora, na décima temporada chamada Caos Infernal, voltei a sentir aquela expectativa.
Eu já havia atravessado todas as temporadas anteriores e me perguntava se realmente haveria algo novo capaz de me surpreender.
A resposta não veio de imediato.
O primeiro impacto foi familiar, quase confortável.
A jogabilidade manteve a fluidez, o combate permaneceu visceral, e os ambientes continuaram impressionando com sua densidade visual. Mas, depois de algumas horas, percebi que havia algo diferente pulsando em cada missão.
O caos, como o próprio nome sugere, era mais presente e incontrolável.
Joguei no PC durante vários dias, acumulando horas de exploração e combate.
As cinzas de batalhas passadas ainda ecoavam quando a temporada começou a me mostrar seu verdadeiro ritmo. Não se tratava apenas de inimigos mais fortes ou missões mais longas.
O Caos Infernal trazia uma cadência própria, uma sensação de instabilidade que afetava até minhas escolhas mais simples.
Essa instabilidade se traduzia no enredo. Demônios ressurgiam em locais inesperados, e a corrupção se espalhava em territórios antes considerados seguros. O clima de insegurança total fez com que cada incursão fosse marcada por tensão. Havia sempre a impressão de que nada estava sob controle.
Novas ameaças, novas sensações
A narrativa da décima temporada ampliou a mitologia de Diablo IV.
A ideia de que o inferno havia rompido fronteiras já estabelecidas trouxe peso dramático. Ao mesmo tempo, o jogo se esforçava para manter o equilíbrio entre narrativa e mecânica.
Minhas primeiras missões envolveram investigar áreas corrompidas.
O design dessas regiões mostrou uma atenção maior aos detalhes ambientais. O vermelho profundo dominava a tela, contrastando com ruínas que já explorei em temporadas passadas.
A sensação era de andar por um mundo prestes a desmoronar.
Em termos de novidade, a temporada trouxe eventos dinâmicos que ocorriam de forma imprevisível.
Uma emboscada poderia surgir quando menos esperava, exigindo reação imediata. Essa falta de previsibilidade foi um dos pontos que mais gostei.
Apesar da intensidade, não achei a temporada excessivamente difícil. Talvez minha experiência acumulada em temporadas anteriores tenha influenciado. Ainda assim, senti que a curva de aprendizado foi mais acessível para novos jogadores.
Edição Deluxe
Participei da temporada com a edição Deluxe, o que fez diferença desde o primeiro acesso.
As recompensas da edição Deluxe ampliaram minha experiência. O passe de batalha premium ofereceu transmogs exclusivos, além de montarias que facilitaram minha exploração. Eram itens pensados não apenas para enfeitar, mas para valorizar o tempo investido em cada sessão.
Cada detalhe parecia um convite para continuar jogando, como se a própria edição Deluxe fosse um lembrete de que havia mais a ser explorado.
Foi um impulso adicional para mergulhar horas seguidas sem sentir o tempo passar.
Esse tipo de incentivo cosmético e funcional não mudou a essência do desafio, mas tornou a jornada mais personalizada. Foi como vestir a pele de um herói mais único dentro do mesmo cenário devastado.
A colaboração com StarCraft
Outro detalhe que chamou atenção foi o pacote de colaboração com StarCraft, que também recebi da Blizzard.
São transmogs inspirados em personagens do jogo clássico, que transformaram completamente a estética do meu personagem. Jogar Diablo com essa roupagem foi quase surreal.
Além das aparências, o pacote trouxe emotes e efeitos visuais marcantes.
Foram pequenos detalhes, mas que carregavam forte peso emocional.
Esse crossover trouxe algo que não esperava: nostalgia. Ter elementos de StarCraft dentro de Diablo IV me fez lembrar de como acompanhei ambas as franquias ao longo dos anos.
O resultado foi um encontro de universos que nunca imaginei ver lado a lado.
Não se tratou apenas de fan service. O pacote acrescentou mais uma camada de diversão, sem interferir no equilíbrio do jogo. Foi um aceno carinhoso para veteranos da Blizzard.
O peso da décima temporada
Após mais de quinze horas de imersão, senti que Caos Infernal entregou exatamente o que prometeu: intensidade.
Porém, não posso deixar de refletir sobre o futuro da série. Será que a fórmula de temporadas ainda terá fôlego?
As novidades desta décima temporada foram marcantes, mas a essência permaneceu a mesma. Eu me vi dividido entre o conforto do conhecido e o desejo de algo mais radicalmente novo. Talvez seja esse o maior desafio para a Blizzard daqui em diante.
Ainda assim, não escondo a satisfação que tive ao jogar. Cada combate, cada descoberta, cada surpresa nas emboscadas me lembraram por que sigo voltando temporada após temporada. Existe uma ligação afetiva com Diablo IV que vai além do simples entretenimento.
E, no fim, talvez seja isso que explique o sucesso da franquia. O jogo continua sabendo como prender nossa atenção, mesmo quando já conhecemos suas engrenagens.
Gameplay
Veja agora o início da gameplay da nova temporada Caos Infernal, no PC:
Diablo IV: Caos Infernal está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S. O jogo conta com legendas e dublagem em português do Brasil, tornando a experiência ainda mais acessível para o público brasileiro.