Em 1955, os empresários Carlos Chiti e Américo Emílio Romi, foram para Turim, na Itália, para concluir as negociações e produzir no Brasil o pequeno Iso Isetta.
Com a autorização, a fabrica das Indústrias Romi, em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo, que já produzia entre outros produtos, tratores, estava adiantada esperando a cessão das negociações para o inicio da produção, concluiu a planta industrial e a negociação com os fornecedores. Em 5 de setembro de 1956, foi lançado o Romi-Isetta.
A festa de lançamento parou a cidade de São Paulo e houve um grande desfile pelas ruas até o Estádio do Pacaembu.
As carrocerias eram fornecidas pela Tecnogeral e o índice de nacionalização era de 72%. Em cinco anos foram produzidos três mil unidades.
Leia mais
718 Cayman GT4 RS é a nova estrela da Porsche no Brasil
Interlagos sediará definição do título da Stock Car 2022
Kwid E-Tech é uma boa opção para quem quer um carro ágil e econômico
Com apenas 2,28 metros de comprimento e 1,38 m de largura, o Iso Isetta foi projetado por uma fabricante de geladeiras de Milão, na Itália, nos anos 40.
Montado num chassi tubular e eixo dianteiro maior que o traseiro, tinha rodas de 10 polegadas na frente e molas independentes. O tamanho das rodas dificultava o uso o “carrinho” nas já difíceis ruas brasileiras.
Inspirado em aviões cargueiros, o acesso era feito pela dianteira, na única porta que possuía e que ainda segurava a coluna de direção. No pequeno interior, um banco para dois adultos e, dependendo do tamanho, uma criança.
A Romi-Isetta contava com um motor dois tempos, dois cilindros, de 236 centímetros cúbicos e 9,5 cavalos de potência. Com transmissão de quatro velocidades, chegava a 85 quilômetros por hora.
Em 1959 o propulsor foi alterado para um BMW, com quatro tempos, um cilindro, 298 centímetros cúbicos e que tinha sua potência aumentada para 13 cavalos. Era um motor de motocicleta. Aliás, a empresa alemã BMW também produzia o modelo e suas variações.
No governo do presidente Juscelino Kubitschek, um decreto de incentivo á indústria automotiva, exigia que os automóveis tivessem duas portas e duas fileiras de bancos. Com as mordomias, os concorrentes ficavam mais baratos, deixando a Romi Isetta sem competitividade. Sua produção foi encerrada em 1961. (Antônio Fraga)