No meio de uma “febre” por Suvs, a Honda teve a coragem de apostar num modelo hatchback. E acertou em cheio, porque além de ser dos modelos mais bonitos e elegantes do segmento, é um sucesso de vendas. O modelo, derivado do sedã, agrada pela tecnologia embarcada e bom espaço interno.
Esse bom espaço é muito em virtude das medidas da carroceria e do conceito Energetic Hatchback: o City cinco portas tem 4,341 m de comprimento, 1,748 m de largura, 1,498 m de altura e 2,600 m de entre-eixos. Esse entre-eixos o torna maior que o Fit e o Toyota Yaris, seu concorrente direto.
Por dentro, o novo carro da Honda tem muito bom espaço interno e o acabamento é muito caprichado e agradável. No modelo usado na avaliação, o interior era de couro com costuras aparentes e os demais materiais de boa qualidade.
Os ajustes do banco do motorista e as regulagens na coluna de direção (altura e profundidade), deixam a posição de dirigir excelente.
O novo painel de instrumentos tem um design mais conservador, mas é bonito, de fácil leitura e completo. Uma tela multimídia de 8 polegadas no console central permite uma interatividade com várias funções e regulagens e ainda conta com a conectividade Android Auto e Apple CarPlay.
Mais uma vez, o bom entre-eixos permite aos passageiros do banco traseiro um bom espaço para as pernas e para a cabeça. O banco traseiro é modular, ou seja, pode ser abaixado ampliando o espaço do porta-malas.
Leia mais
Rainha Elizabeth II tinha paixão por automóveis e mecânica
Veículos da Volvo terão garantia vitalícia em peças e serviços
A partir do ano que vem BMW e Mini terão interiores veganos
Por falar em porta-malas, o espaço é de 268 litros com o banco traseiro na posição normal e até à tampa. Se comparado com o modelo sedã que tem capacidade de 519 litros, hatchback deixa a desejar no tamanho.
Andando
Logo de cara é possível perceber o silencio e maciez do modelo. O motor de quatro cilindros, 1,5 litro, 16 válvulas, injeção direta, proporciona 126 cavalos a 6.200 rpm e torque máximo 15,8 kgfm a 4.600 rotações por minuto. A transmissão é uma CVT, que simula sete velocidades. Apesar de ser CVT, o conjunto é muito harmonioso.
A aparência um pouco mais esportiva (seria muito bom a marca desenvolver um modelo mais esportivo do hatchback. Merecia.), acelerar o City hatch é uma necessidade.
E aí aparece outra boa qualidade do modelo. A estabilidade é muito boa, mesmo com uma suspensão mais macia, o hatch surpreende, pois é bem firme e não dá sustos. Os pneus, 185/55R16 e a direção elétrica precisa, ajudam muito numa “tocada” mais agressiva. E o modelo aceita e passa muita tranquilidade.
A velocidade máxima é de 175 quilômetros por hora e a aceleração de 0 a 100 quilômetros por hora é feita em 10,1 segundos.
Os freios a disco ventilado na dianteira e a tambor na traseira são bem eficientes. Mas merecia o freio a disco também na traseira.
Outros bons números do modelo hatch são os de consumo: o City hatchback consome uma média de 9,4 quilômetros por litro na cidade e 15,7 na estrada a 100 quilômetros por hora. Na rodovia dos Bandeirantes, por exemplo, num trecho plano, chegou a fazer quase 20 quilômetros por litro. (Antônio Fraga)
Honda City hatchback Touring R$ 122.600,00