No último final de semana, entre sexta-feira e domingo (13 a 15), aconteceu o Festival Interlagos, um evento anual que ocorre no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Por lá, tive a oportunidade de acompanhar lançamentos das montadoras, além de diversas atividades e outras atrações que o evento proporcionou para os visitantes.
Chegando cedo no autódromo, por volta das 10h, pude explorar a região do paddock, enquanto ainda estava relativamente vazia. Por lá, diversos modelos esportivos estavam em exibição, alguns com os motores expostos, o que juntou diversas pessoas para tirar algumas fotos. Também pude ver competições de envelopamento e uma exibição de resistência de uma película antifurto, em que o vidro traseiro de um modelo da BMW foi submetido a diversas “pauladas” sem quebrar.





Quando já estava mais familiarizado com o local, deixei meus pertences na sala de imprensa e saí para explorar a parte que fica atrás dos boxes. O lugar, que é de acesso restrito nos dias de Fórmula 1, estava totalmente aberto ao público presente, com cada um dos boxes servindo como uma espécie de “showroom” das montadoras. Por lá, nomes estreantes, como a chinesa Jaecoo, ou marcas consagradas, como Honda, Toyota, Mitsubishi e Hyundai, dividiam a atenção do público, que explorava os veículos expostos e participava das ativações, querendo levar pequenas lembranças daquele dia para casa.
Destaques do Festival Interlagos
Não foi difícil notar alguns destaques. Um dos preferidos dos presentes era o BYD U9, o supercarro da marca chinesa que pula e dança. A Honda chamava a atenção com seu Honda Civic Type R, a Abarth com seu novo Pulse com teto solar e a Ford com o Mustang manual. Aberto para a entrada do público, o bólido norte-americano contava com a #savethemanuals, campanha que “luta” pela permanência dos carros esportivos com câmbio manual.






Depois do almoço, além de conhecer alguns modelos da Volvo, Mitsubishi, GWM e BYD, parti para outra área do evento. Na parte de Interlagos que normalmente é utilizada como estacionamento, mais montadoras, como GAC, Mini e Mercedes, expunham seus veículos, além de outras marcas do setor automotivo que iam de lubrificantes a acessórios.
Por lá, também pude ver de perto mais modelos da Honda, como o clássico NSX, popularizado por Ayrton Senna, o primeiro Civic fabricado no Brasil e o carro usado pelo brasileiro André Ribeiro na primeira vitória da montadora na Fórmula Indy.









Nesta região do autódromo, também pude ver dois modelos de destaque: o Bugatti Chiron e o prestigioso Pagani Utopia, o carro mais caro do Brasil, avaliado em R$ 60 milhões. Perto de lá, também assisti à uma exibição de drift e subi até o topo da roda gigante, de onde também vi a pista de off-road. Depois, cheguei mais perto e pude acompanhar modelos como o GWM Tank, Ford Bronco e BYD Shark superando os obstáculos do trecho fora de estrada.





Mais tarde, minha chance de ir à pista foi frustrada: no briefing, fui informado que somente motoristas com mais de três anos de habilitação poderiam pilotar na histórica e tradicional pista de Interlagos. Porém, por ser um jovem de apenas 20 anos, ainda não cumpria esse requisito, e tive que adiar este sonho, mesmo com um voucher de uma montadora na mão. Logo andarei por lá, é questão de tempo. Por enquanto, me restou comprar uma pipoca, contemplar o fim da tarde e descansar no paddock, assistindo aos carros passando na Ferradura e na Laranjinha.
Por volta das 18h, me encaminhei novamente para a parte inferior do evento. Aproveitei o anoitecer precoce do fim de outono e dei mais uma volta na roda gigante, agora iluminada. Quando saí, aguardei, por cerca de uma hora, o show do Seu Jorge, previsto para as 19h, em uma das noites mais frias do ano e em uma das regiões mais frias da cidade de São Paulo. Mesmo que a apresentação do cantor tenha atrasado quase uma hora, minha insatisfação passou assim que o evento começou. Além de um show de luzes e uma banda excelente, o músico carioca rapidamente envolveu o público com sua presença de palco e o ritmo de suas canções.



Por volta das 20h20, peguei minha mochila novamente e me despedi de Interlagos. Nesse dia, além de viver totalmente no mundo dos carros, andei, interagi com pessoas e fiz o que seria a minha primeira cobertura como um jornalista credenciado. Tirei minhas experiências, aprendi lições, mas acima de tudo me diverti vivendo o melhor de dois mundos que amo: o do jornalismo e o automotivo.
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