13 de dezembro de 2024
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Por que a representação feminina caiu em Hollywood?

Apesar da bilheteria gritante de “Barbie”, no ano passado, as mulheres não estiveram no centro dos filmes em 2023

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Estudo responsável pelos dados foi divulgado em fevereiro (Foto: Warner Bros Pictures/Divulgação)

Mesmo com o estrondoso sucesso de “Barbie”, que superlotou os cinemas, apenas 30 dos 100 melhores filmes de 2023 contavam com mulheres como protagonistas ou coprotagonista. Este foi o pior número desde 2014, uma queda significativa quanto ao ano anterior, quando 44 filmes contavam com protagonistas femininas.

Estes dados foram divulgados em fevereiro, no estudo da USC Annenberg Inclusion Initiative.

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Na pesquisa, Martha M. Lauzen notou uma correlação: “Os filmes com pelo menos uma realizadora mulher têm percentagens substancialmente mais elevadas de mulheres trabalhando como escritoras, montadoras e diretoras de fotografia do que os filmes com realizadores masculinos”.

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Co-fundadora da Rhiza, uma produtora independente que atua em São Paulo e Los Angeles, Claudia Chakmati explica como é a sororidade na indústria cinematográfica: “ninguém solta a mão de ninguém”. “As que conquistaram posição de liderança estão agora tentando trazer mais mulheres para o set”, afirma.

Cenário das distribuidoras

O relatório analisa a porcentagem de filmes com protagonistas meninas ou mulheres por distribuidora. No topo da lista encontram-se a Walt Disney Studios e Paramount Pictures, em contraste as últimas, Universal Pictures e Lionsgate Films.

Tais descobertas divergem com o que os pesquisadores notaram no catálogo da Netflix, no qual mais da metade dos longas-metragens, desde 2019, retrataram uma protagonista ou coprotagonista feminina. A mesma tendência surge no campo de produções independentes, em que as diretoras estão com mais tempo de exibição em festivais como nunca.

Premiações

No Festival de Cinema de Tribeca deste ano, as realizadoras superaram numericamente os seus pares masculinos – em detalhes no estudo de Lauzen, publicado pela Variety, sobre a inclusão feminina nos principais festivais de cinema norte-americanos.

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Clakmati teria produzido “The Long Way Home”, da diretora carioca Chloë de Carvalho, que chegou a ser selecionado para o AFI DWW+ 2024. Além da narrativa enfaticamente feminina – a protagonista, mãe solteira, embarca com a filha de oito anos em uma investigação para desmascarar uma empresa farmacêutica –, o filme contou com uma equipe predominantemente de mulheres. “As integrantes que eram mães ganharam adicional para creche ou babá”, contou. “São atitudes como essa que podem ajudar a indústria do cinema a ser mais inclusiva”.

Ainda assim, persiste a problemática da sub-representação feminina em premiações do cinema. Dentre as 96 edições do Oscar, apenas 17% das pessoas nomeadas são mulheres. Até o momento, os dados da premiação de “melhor direção” são:

  • 474 indicações, e apenas 9 mulheres
  • 96 prêmios entregues, e somente 3 mulheres levaram a estatueta

*Com informações de Dino Divulgador de Notícias

**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura, com supervisão da redação
Estagiária no Tudo EP e no ACidade ON, é graduanda em Estudos Literários. Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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