Um fim de semana com tardes ensolaradas empolgou o público no retorno da Bienal Internacional do Livro de São Paulo em sua forma presencial. Nem as filas quilométricas nos estandes das principais editoras pareciam desanimar o público, formado em boa parte por grupos de jovens e famílias – algumas crianças, indo pela primeira vez ao evento.
Algumas das maiores aglomerações formaram-se em torno dos estandes das editoras Companhia das Letras, Globo Livros, Harper Collins, Grupo Editorial Record e Intrínseca. Na Rocco, com os caixas estavam abarrotados de gente, apenas as vendas do primeiro dia conseguiram superar o faturamento dos primeiros dois dias da Bienal de 2018 em 157%, com cerca de 3 mil livros vendidos.
Algumas editoras ofereciam grandes quantidades de livros a preços baixos, o que chamava a atenção dos visitantes, que nem sempre encontravam algo relevante em seu garimpo. Os livros religiosos também têm bastante espaço, seja nas variadas vertentes do cristianismo, no espiritismo ou no islamismo, com um estande da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras).
É fácil se perder entre tantas atrações simultâneas. O som de algumas, inclusive, acabava vazando para os corredores e estandes próximos. Apesar de muitas pessoas estarem de máscara, praticar o distanciamento social ficava praticamente inviável.
PORTUGAL
Um dos momentos marcantes foi o encontro entre o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o cartunista Mauricio de Sousa. No dia anterior, o criador da Turma da Mônica havia conversado com o público de todas as idades.
Portugal é o homenageado da edição, com estande próprio e destaque ao autor José Saramago. A Bienal continua até domingo, 10 de julho. Para fugir das filas, recomenda-se ir durante a semana.