O Ken, famoso namorado da Barbie, foi criado em 1993 pela Mattel. Mas a tentativa de popularizar o companheiro da boneca não deu muito certo, e é inclusive abordada no filme de Greta Gerwig, que chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20).
Diferente da Barbie, o Ken nunca conseguiu conquistar tanta atenção do público. A tentativa de remodelar o boneco fez com que surgisse uma versão em que ele usava um look mais “ousado”, com brinco e um grande anel prateado em volta do pescoço. Apelidado de “Earring Magic Ken”, ele teve como referência as ideias do público infantil, que considerava “descolado” o que assistiam na então recente emissora MTV.
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Mas essa nova identidade não foi muito bem interpretada pela sociedade da época em geral, que viu no novo boneco uma incorporação de estereótipos gays. De acordo com uma coluna do escritor e jornalista Dan Savage, publicada em 1993, o anel do Ken era na verdade um “cock ring”, item de sex shop que era símbolo da moda na comunidade queer dos anos 80 e 90. Assim como o boneco, muitas pessoas o usavam ao redor do pescoço.
A sugestão do acessório não veio das crianças entrevistadas, e sim provavelmente deve ter sido uma interpretação fora de contexto sobre a tendência por aqueles que projetaram o brinquedo. Em resposta, a Mattel negou que o boneco tivesse qualquer relação com a homossexualidade.
Insatisfeita com essa associação, a empresa decidiu parar de produzir o Ken. Mas, com a história já disseminada, o modelo do boneco acabou se tornando um dos mais vendidos de todos os tempos.
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