A briga judicial entre o ator Johnny Depp e sua ex-esposa a atriz Amber Heard parece não ter fim. Uma juíza do estado da Virgínia, nos EUA, negou nesta quarta-feira (13) o pedido de Amber para anular o veredicto em um julgamento por difamação que concedeu mais de US$ 10 milhões ao ator.
Depp ganhou seu processo de difamação contra Heard no mês passado em uma ação civil que gerou amplo interesse no mundo todo. Heard recebeu uma compensação menor, US$ 2 milhões, em uma ação movida contra o ator de Piratas do Caribe.
Este mês, Heard apresentou uma moção pedindo a anulação do veredicto ou a anulação do julgamento. Seus advogados citaram vários fatores, incluindo um aparente caso de identidade falsa por um dos jurados.
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A juíza Penney Azcarate rejeitou todas as alegações de Heard, em uma ordem escrita, dizendo que a questão do jurado era irrelevante e que Heard não podia comprovar que isso afetava o julgamento.
“O jurado foi aprovado, assistiu ao julgamento, deliberou e chegou a um veredicto. A única evidência perante este tribunal é que aquele jurado e todos os outros seguiram seus juramentos, instruções e ordens judiciais. Este tribunal está ligado à decisão competente do júri”, escreveu Azcarate.
Depp pediu em processo o valor de US$ 50 milhões, no condado de Fairfax, depois que Heard publicou um artigo no jornal The Washington Post sobre violência doméstica, no qual ela se referia a si mesma como “uma figura pública que representa o abuso doméstico”.
O artigo nunca mencionou Depp pelo nome, mas seus advogados disseram que várias passagens no texto o difamaram por implicação, referindo-se às conhecidas alegações de abuso que Heard fez em 2016 ao pedir o divórcio.
Heard então entrou com uma demanda de US$ 100 milhões, também por difamação. Quando o caso foi a julgamento, seu pedido havia sido reduzido a algumas declarações de um dos advogados de Depp, que disse que as alegações de Heard eram uma farsa.
O júri concedeu a Depp US$ 15 milhões e a Heard US$ 2 milhões por sua demanda. A indenização foi reduzida de US$ 15 milhões para US$ 10,35 milhões porque a lei da Virgínia limita os danos punitivos em US$ 350 mil.
A juíza não apresentou seus argumentos para rejeitar as outras alegações de Heard em sua ordem de quarta-feira.
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