Leo Dias publicou neste domingo, 26, um texto em sua coluna no jornal Metropoles em que se explica sobre o caso Klara Castanho e pede perdão à atriz. O jornalista contou que, há mais de um mês, foi procurado por uma enfermeira que queria denunciar um “caso atípico” que ocorreu no hospital onde trabalhava.
“A moça, sob a condição de anonimato, me disse que, pela primeira vez, o nascimento de uma criança não poderia ser registrado na maternidade. Nenhum dado sobre o nascimento poderia ser incluído no sistema.” Ele descobriu que a grávida era Klara Castanho, mas disse que não sabia sobre a violência sexual que gerou a gestação.
“Àquela altura, eu não tinha noção de todos os fatos. Não sabia que ela havia sido vítima de um estupro. Klara me respondeu poucas horas depois. Chegamos a conversar por telefone.”
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Caso de Klara Castanho levanta questão da entrega à adoção
Leo contou que, durante a conversa, a atriz falou sobre o estupro e o motivo de entregar a criança à adoção. “Me pediu que eu não escrevesse sobre o assunto. E eu, prontamente, me comprometi com ela a não expor a história publicamente.”
“O relato de Klara foi tão impactante, aquela história era tão perturbadora, que, em um ato irrefletido, me ofereci para adotar a criança. E, desde aquele momento, esta história não saiu da minha cabeça”, completou.
Ele afirmou ter compartilhado essas informações com duas pessoas próximas. O caso foi exposto pela youtuber Antonia Fontenelle, que, mesmo sem citar o nome de Klara, entregou informações – como idade, profissão e local de trabalho – que fizeram com que as pessoas descobrissem a identidade da atriz.
Logo após, Klara foi forçada a expor a situação e explicou tudo em uma carta aberta publicada nas suas redes sociais. No texto, contou ter sofrido uma série de violências. Ela foi estuprada e só descobriu a gestação em um período avançado. Optou por entregar a criança para a adoção, mas teve seu trauma revirado e exposto na internet.
PRESSÃO
Após a carta, Leo Dias publicou uma matéria sobre o ocorrido. Com a pressão das pessoas nas redes sociais, o jornal Metropoles decidiu excluir o texto.
Leo Dias afirmou ter errado ao publicar algo sobre o caso. “Mesmo que a revelação da história não tenha partido de mim, mesmo que Klara tenha escrito uma carta pública narrando a dor que sentiu com toda esta violência e que eu só tenha escrito sobre o assunto após a carta dela ser publicada.”
“Mesmo que eu soubesse de tudo desde o início, eu não deveria ter escrito nenhuma linha sobre esta história ou ter feito qualquer comentário sobre algo que não tenho o direito de opinar Apesar da minha proximidade com o fato, reconheço que não tenho noção da dor desta mulher. E, por isso, peço, sinceramente, perdão à Klara”, finalizou.
Já Antonia Fontenelle optou por rebater as críticas recebidas pela exposição do caso e se defendeu dizendo que não havia citado o nome de Klara quando tocou no assunto.
“Como eu sei que futuramente ninguém vai vir aqui me pedir desculpas pelos ataques, desativei os comentários dos donos da razão. Escrevam nas paredes de vocês”, publicou ela no Instagram
Mas neste domingo, 26, ela mudou o tom e gravou um vídeo onde diz que não sabia de toda a situação, defendeu pena de morte para estupradores e ofereceu ajuda à atriz. Antonia Fontenelle não admitiu ter errado e nem formalizou um pedido de desculpas.
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