O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) pediu intervenção na Fundação João Paulo II, responsável por manter a Canção Nova. A informação foi confirmada pelo próprio padre Wagner Ferreira da Silva, presidente do Conselho Deliberativo da Fundação João Paulo II e da Comunidade Canção Nova, em um vídeo publicado na última sexta-feira (24). De acordo com o G1, sobretudo, ainda não há uma decisão da Justiça sobre os pedidos da promotoria.
Nesta terça-feira (28), o MP-SP divulgou uma nota de esclarecimento sobre a polêmica (leia abaixo).
O que está acontecendo com a canção nova?
Segundo a promotora de Justiça Marcela Agostinho Gomes Ilha, a Fundação João Paulo II tem atuado com o “nítido desvio de finalidade, denotando o controle da entidade a favor dos interesses da Comunidade Canção Nova”.
No vídeo divulgado por Wagner, sobretudo, o MP-SP estaria tendo uma “compreensão não adequada” da Fundação. Veja:
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“São duas instituições distintas, mas que fazem parte de uma única obra: a obra Canção Nova. O padre Jonas, em vida, presidiu as duas instituições. E, portanto, era entendimento comum da Canção Nova de que o presidente da comunidade Canção Nova fosse também presidente da Fundação João Paulo II. E assim trabalhamos durante esses anos sem qualquer dificuldade, sem qualquer conflito. Trabalhamos muito bem”,
afirma.
Nota na íntegra do MP-SP
O MPSP esclarece que a ação civil pública ajuizada pela promotora de Justiça Marcela Agostinho Gomes Ilha no tocante à Fundação João Paulo II tem como objetivo precípuo assegurar a autonomia da instituição, dotando-a das melhores práticas de governança para que continue cumprindo as tarefas previstas em seu estatuto, tais como desenvolver serviços de radiodifusão (inciso I, artigo 6º) com implantação de Sistema de Rádio e Televisão e outros serviços de telecomunicações (Artigo 7º); promover, manter e apoiar atividades educacionais, sociais e culturais (incisos III, VI, VII, artigo 6º); prover assistência social a pessoas carentes (incisos VIII, X e XI, artigo 6º); e implementar atividades de saúde pública e assistência médica (IX, artigo 6º).
Portanto, as versões difundidas nas redes sociais sobre uma suposta investida da dedicada promotora de Justiça autora da ação pela laicização da entidade, prejudicando assim a Canção Nova, não têm a mínima procedência.
A Promotoria de Cachoeira Paulista reconhece a indissociável comunhão do povo paulista com a fé católica. Assim, é imperativo ressaltar que a ação em questão não aborda aspectos relacionados à fé ou ao exemplar trabalho benemérito realizado pela instituição religiosa em favor da população. O que se exige agora é tranquilidade para que a Justiça se manifeste no plano estritamente técnico.
O que é Fundação João Paulo II
A Fundação João Paulo II foi fundada em 1982. Ela é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos, que mantém uma rede de comunicação e projetos sociais através de doações de pessoas físicas e jurídicas. Dentro desses, são atendidos crianças, adolescentes, adultos e idosos e diversas áreas, como educação, saúde e assistência social.
Já a Comunidade Canção Nova é uma associação de fiéis católicos que buscam evangelizar e comunicar Jesus Cristo.
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