Um dos principais sucessos da banda Tihuana é a música “Eu vi gnomos”. Em entrevista ao Tudo EP, os integrantes do grupo afirmaram que realmente viram e ainda veêm os seres mágicos (veja no vídeo abaixo). A afirmação dos músicos, se não estiver relacionada às circunstâncias de uma “viajem” (com J de viajar, mesmo), em São Tomé das Letras, pode gerar dúvidas.
Para muita gente, gnomo e duende é rigorosamente a mesma coisa. Em alguma medida, eles fazem parte de uma espécie de seres, os seres elementais, portanto, criaturas que se associam a elementos naturais. Além de gnomos e duendes, dá para a gente escalar essa Rock Band de elementais com elfos, leprechaus, fadas, goblins e até nosso saci. A última inclusão é mais afetiva do que compatível com categoria dos elementais, principalmente sua versão original, portanto, antes de sofrer influências culturais africanas e europeias.
Embora os elementais se pareçam, há diferenças evidentes em suas conformações arquetípicas. No fenótipo, também se diferem, às vezes. Orelhas pontudas, quase todos têm. Se você quiser saber como diferenciar essas criaturas, confira algumas dicas.
Quais as diferenças entre esses gnomos e duendes?
Um bom jeito de diferenciar os seres é pela personalidade.
Goblins são mauzinhos, mais prejudicados em termos de beleza física e, em alguns casos, até violentos. São criaturas sombrias, que vivem em pântanos e seus contatos com humanos são trágicos, normalmente.
Os antagonistas dos goblins talvez sejam os elfos. Elegantes e ensimesmados, até meio metidos. Se lembrarmos da franquia “Senhor dos Anéis”, lembraremos dos elfos como seres espiritualizados e habilidosos combatentes.
Fadas são figuras femininas encantadas, aladas e detentoras de saberes da floresta. São “bruxinhas” fofas, que possuem muita personalidade. A representante maior das fadas, para mim, é a Sininho, que influenciada pela cultura Yanke acabou sendo rebatizada de Tinker Bell.
Leprechauns são criaturas míticas celtas, que vivem por seus potes de ouro. Um dos filmes mais aterrorizantes que assisti na infância foi “Leprechaum”, que contou com a estreia de Jenifer Aniston no elenco. Se você decidr roubar um pote de ouro de um leprechaun, nunca se esqueça de andar com um trevo de quatro folhas, a arma mais eficaz para enfrentar a criatura.
Dá para dizer que o leprechaun é um tipo de duende, mas nem todo duende é um leprechaun.
Os nossos duendes têm influência portuguesa e não celta. Eles têm a picardia na personalidade, são muito curiosos, brincalhões e possuem poderes mágicos múltiplos. Vivem na superfície, muitas vezes em árvores.
Essa é uma das diferenças entre duendes e gnomos, já que a segunda categoria de seres magícos vive no subsolo. São mais discretos, trabalhadores e muito conectados com a natureza.
Se me perguntarem se elemantais são iguais, vou responder parafraseando outra banda, Engenheiros do Havaí, em “Ninguém é igual a ninguém”: “São todos iguais, mas uns mais iguais do que os outros”.
Texto escrito por Thiago de Souza ao Tudo EP
Thiago de Souza é compositor, roteirista e humorista, fundador do grupo “Os Marcheiros” e idealizador do projeto “O que te Assombra?”. Ele também é o criador do programa de políticas públicas para preservação de patrimônio material e imaterial chamado “saudade e suas vozes” já implementado nas Cidades de Campinas e Piracicaba.
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