14 de dezembro de 2024
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Por que hotéis na Argentina e no Uruguai rejeitam Roger Waters?

Com entraves em relação à hospedagem nos países, músico continua em São Paulo enquanto faz shows no continente

Em turnê pela América do Sul, Roger Waters enfrenta entraves em relação à estadia em alguns países. Após fazer shows em estádios brasileiros, o baixista que liderou a banda Pink Floyd tem como próximos destinos a Argentina e o Uruguai, com apresentações em Montevidéu na sexta-feira (17) e em Buenos Aires na próxima semana.

Porém, suas opiniões políticas sobre a Palestina e Israel têm feito com que hotéis nestes países rejeitem a sua hospedagem. De acordo com Roger Waters, “o lobby israelense” fez com que ele não conseguisse se hospedar nos dois países.

“De alguma forma, esses idiotas do lobby israelense conseguiram cooptar todos os hotéis em Buenos Aires e Montevidéu e organizaram este boicote extraordinário baseado em mentiras maliciosas que têm contado sobre mim”, afirmou Waters em entrevista ao jornal Página 12. “Eles fazem isso porque acredito nos direitos humanos e falo abertamente sobre o genocídio do povo palestino. E vou continuar fazendo isso”, completou.

Segundo o músico, ele ficou sem lugar para se hospedar em Montevidéu e, por conta disso, precisou cancelar o encontro que teria com o ex-presidente do país, Pepe Mujica, nesta quinta-feira (16). 

 

 

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Conforme a publicação, o hotel em que Waters ficaria na capital do Uruguai recebeu um e-mail em que o presidente do Comitê Central Israelense do país, Roby Schindler, diz que o baixista é “misógino, xenófobo e antissemita” e que “se aproveita de sua fama de artista para mentir e vomitar seu ódio contra Israel e todos os judeus”. No texto, lê-se que o hotel, ao hospedá-lo, estaria, “mesmo que não queira”, propagando o “ódio que este homem exala” e “contribuindo para o aumento da judeofobia”.

Roger Waters defendeu que “estas pessoas, os Roby Schindler deste mundo” tentam “silenciá-lo” por ele acreditar nos direitos humanos. “Trata-se de uma sociedade colonial que não impede nada, nem mesmo o assassinato em massa”, disse, acrescentando que “essa sociedade” quer “proclamar a sua supremacia sobre outros povos e outras religiões”. Segundo ele, “as pessoas do mundo têm que detê-los”.

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Por conta dos hotéis na Argentina e no Uruguai rejeitarem Roger Waters, o músico continua em São Paulo enquanto faz shows no continente. Segundo ele, não houve nenhuma explicação para não conseguir se hospedar nos hotéis. “Eles simplesmente falam não têm quarto. E eu sei que, em Montevidéu, estão há semanas dizendo às pessoas, em todos os jornais, para não comprarem ingressos para o show”, disse. O artista afirma que sua apresentação “é muito política, muito frontal”.

“Estou ficando sem fôlego, já disse tudo o que poderia dizer. Espero que, no futuro, nossas vidas se cruzem para falarmos mais a fundo sobre música. Mas agora estou no meio de uma guerra. E não é a guerra contra mim que me importa, mas a carnificina de irmãos e irmãs em Gaza. É sobre isso que é importante falar hoje. Não os sentimentos do lobby israelita: eles merecem o nosso desprezo. E sim, estou profundamente zangado, isto é uma piada maluca e absurda, mas temos que fazer algo a respeito”, concluiu Waters. 

 

 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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