Nesta quarta-feira (11), seria comemorado o 115º aniversário do músico Cartola, um dos maiores representantes da música brasileira, que faleceu em 30 de novembro de 1980. Em homenagem à data, o Doodle do Google está celebrando o compositor e poeta.
Registrado como Angenor de Oliveira, o sambista nasceu em 11 de outubro de 1908, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Quando ainda era criança, se encantou pela música e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. Ao passarem por dificuldades financeiras, ele e sua família precisaram se mudar para o morro da Mangueira, onde começou a ser construída uma favela.
Angenor passou a trabalhar como servente de obra e usava um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía. Por conta disso, ganhou dos colegas de trabalho o apelido de Cartola.
LEIA TAMBÉM
Curiosidades sobre “O Exorcista: O Devoto”
Pai de Gabriel Diniz anuncia álbum com uso da Inteligência Artificial
Junto com um grupo de amigos, o músico criou o Bloco dos Arengueiros e, tempos depois, ajudou a fundar a Estação Primeira de Mangueira. Foi o Cartola quem sugeriu o nome e as cores verde e rosa, que consagraram a tradicional escola de samba carioca, e também compôs “Chega de Demanda”, o primeiro samba-enredo da Mangueira.
Ele também foi dono de grandes composições como “O Mundo É Um Moinho” e “As Rosas Não Falam”, que se transformaram em clássicos da música brasileira. A partir de sua contribuição para o samba tradicional, que a cena popular no Rio de Janeiro se desenvolveu, abrindo espaço para outros gêneros musicais.
Mas não foi apenas o seu legado musical que ajudou na formação do samba no Rio de Janeiro, já que Cartola também promovia encontros musicais e saraus em sua casa, com a presença de sambistas do morro e músicas da classe média se encontrando e trocando experiências. Foi no restaurante Zicartola, comandado por ele e sua mulher, Dona Zica, que Paulinho da Viola, por exemplo, fez sua estreia como cantor.
Cartola passou anos esquecido e foi dado como morto, até ser encontrado, por acaso, pelo jornalista Sérgio Porto, em 1956, trabalhando como lavador e guardador de carros, em Ipanema. Apesar de ter sido muito elogiado por seu círculo de compositores, colegas e admiradores, o sambista só recebeu os créditos por sua contribuição à história da música brasileira após sua morte, aos 72 anos, quando então já era considerado um dos pilares geniais da música brasileira.
LEIA MAIS
Diabetes tipo 2: expectativa de vida cai quanto mais cedo se desenvolve a doença