Neste domingo (10), o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que determinou que a PNDD (Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia) instaure um procedimento contra o que ele define como uma “campanha de desinformação” promovida pelo jornalista Alexandre Garcia sobre as graves consequências das chuvas no Rio Grande do Sul.
Durante o programa “Oeste Sem Filtro”, que foi ao ar na última quinta-feira (8), Garcia declarou que é “preciso investigar, porque não foi só a chuva” que teria causado as enchentes e as mortes de ao menos 46 pessoas no estado.
Ainda segundo o jornalista, “no governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam, as medições ambientais, 3 represas pequenas, que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo. Isso causou uma enxurrada”.
Em um post publicado na rede social X, antigo Twitter, Jorge Messias falou que é “inaceitável que, nesse momento de profunda dor, tenhamos que lidar com informações falsas”.
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Quem é Alexandre Garcia
Apresentador e jornalista, Garcia começou sua carreira no rádio, seguindo os passos do pai, o radialista Oscar Garcia. Nos anos 1980, ele começou a atuar na televisão, onde participou de reportagens de destaque na Manchete. Além disso, Alexandre foi porta-voz do general João Batista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar.
Na segunda metade da década, o jornalista seguiu para a TV Globo, onde passou pelo “Fantástico” e pelas bancadas dos principais telejornais da emissora, como “Jornal da Globo”, “Jornal Hoje” e “Jornal Nacional”. Além disso, Garcia também trabalhou como diretor de jornalismo em Brasília e em programas na Globo News.
Em 2018, o jornalista deixou a TV Globo após 30 anos de contrato. Dois anos depois, ele foi contrata pelo Canal Rural como colunista dos programas “Mercado & Companhia” e “Rural Notícias”.
Em meados de 2020, Alexandre Garcia entrou para o time de comentaristas da CNN Brasil, de onde foi demitido em 2021, após defender o “tratamento precoce” para Covid-19. Desde então, o jornalista tem se envolvido em controvérsias por causa de seu posicionamento pró-Bolsonaro.
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