Lançado em 2015, “Velozes e Furiosos 7” passou por um grande desafio durante o seu período de desenvolvimento. O ator Paul Walker, que interpreta um dos protagonistas, morreu em um acidente de carro, em 2013, quando as gravações do sétimo filme da franquia de sucesso ainda estavam em andamento. Diante deste acontecimento trágico, a produção precisou encontrar mecanismos para conseguir concluir o longa.
Na época, sem ter recursos de inteligência artificial como o “deepfake”, usado no comercial que “ressuscitou” Elis Regina, a solução foi recorrer a imagens geradas por computador, o conhecido CGI. Essa tecnologia é usada há décadas no meio cinematográfico, e já tinha sido responsável por devolver à vida os atores Brandon Lee, em “O Corvo”, e Oliver Reed, em “Gladiador”, que também morreram durante as respectivas filmagens.
No lugar de Paul Walker em “Velozes e Furiosos 7”, a produção usou dublês corporais, contando com a ajuda dos dois irmãos do intérprete do agente Brian OConner em cenas com enquadramentos em que não era possível ver seus rostos. Caleb e Cody Walker também tiveram seus rostos escaneados para usar nas sequências.
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Além disso, o roteiro foi adaptado para reciclar cenas de filmes anteriores da franquia, que nunca tinham sido usadas, em que Walker aparece. A morte do ator causou atrasos na filmagem, que, somados com o uso de computação gráfica, fizeram com que o filme tivesse um aumento de US$ 50 milhões no orçamento.
Em entrevista ao Comicbook, o chefe de efeitos visuais do longa, Martin Hill, comentou como foi a experiência de fazer um trabalho decente em uma época em que a tecnologia ainda não era tão avançada. “Nós tínhamos feito personagens digitais em outros filmes e tivemos sucesso. Em 2013, 2014, a tecnologia ainda não estava no ponto ideal, então eram várias pesquisas e desenvolvimentos que fizemos para garantir que poderíamos criar o personagem”, disse.
Além disso, ele explicou que foram feitos diversos takes alternativos, no caso de alguma gravação ou efeito visual não funcionar para recriar o ator Paul Walker em “Velozes e Furiosos 7”. “No fim, acabamos não usando quase nenhuma dessas gravações alternativas, porque ficou muito bom, o que foi um testemunho fantástico de toda a arte aqui na Weta Digital (empresa responsável pelos efeitos)”, concluiu.
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