Qual é o significado de 11 indicações ao Oscar para uma única obra? O longa “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, dirigido por Daniel Scheinert e Daniel Kwan, se trata de uma ficção científica que dialoga com o metaverso, mas que não reinventa nossa forma de ver o mundo, como clássicos do gênero já fizeram antes. Na verdade, há quem considere que o filme mais parece um videogame. Bem, talvez tantas indicações sejam um sinal da crise de criatividade que o cinema vem enfrentando.
Disputando a categoria de melhor filme, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” tem concorrentes sólidos para sua estética delirante. A produção “Nada de Novo no Front”, por exemplo, é uma densa adaptação do livro homônimo de Erich Maria Remarque sobre os horrores da Primeira Guerra Mundial. Já “Os Fabelmans” recorre ao memorialismo, explorando a infância de Steven Spielberg e a descoberta de sua paixão pelo cinema. Há ainda a cinebiografia de Elvis Presley dirigida por Baz Luhrmann.
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GUERRA
O irlandês “Os Banshees de Inisherin”, de Martin McDonagh, é um filme estranho, porém tem seduzido parte da crítica. Fala do súbito rompimento de uma amizade, tendo por pano de fundo uma guerra da qual se ouvem apenas alguns rumores distantes. Num tempo explícito, sabe ser alusivo.
“Tár”, de Todd Field, é uma presença marcante, em especial por Cate Blanchett, que faz uma maestrina durona e que entra em crise por suas próprias contradições. Discute música, política, gênero, numa trama tensa puxada por sua extraordinária protagonista, favorita para o prêmio de melhor atriz. Entre Mulheres, um filme correto, entra na cota #MeToo. E, por contraste, Top Gun: Maverick, na do saudosismo machista. (Com informações da Agência Estado)
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*Sob supervisão de Marcos Andrade