O dia 13 de maio de 1888 ficou marcado com a assinatura da “Lei Áurea”, o documento decretou, formalmente, o final da escravidão no Brasil. A princesa Isabel, filha do então Imperador Dom Pedro II, foi a responsável pela assinatura do documento, mas a história vai muito além da família real.
Começando pela data de duração da escravidão. No Brasil, esse regime desumano de trabalho durou por mais de 300 anos (1550 – 1888). De acordo com pesquisadores, o país foi o território que mais importou mão de obra escrava da África em toda a América Latina . Estatísticas mostram que cerca de 4 milhões de homens, mulheres e crianças foram comercializados nessas terras.
Entre essas pessoas, ao longo das décadas, movimentos de resistência negra surgiram e personalidades importantes ganharam destaque, como o abolicionista Luís da Gama. Na verdade, o currículo desse personagem é bem mais extenso. Luís Gonzaga Pinto da Gama foi um advogado, orador, jornalista, escritor brasileiro, abolicionista e o patrono da abolição da escravidão no Brasil. Gama foi responsável por libertar mais de 500 escravos e a sua vida foi retratada no filme “Doutor Gama” (2021).
Além dele, nomes como Tereza de Benguela – líder do Quilombo do Piolho, localizado no atual estado do Mato Grosso -, André Rebouças – também abolicionista e um dos principais articulistas da abolição – e Maria Firmina dos Reis – maranhense e professora que escreveu e publicou, em 1859, o primeiro romance abolicionista do Brasil -, foram decisivos para que a abolição, aquela da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, pudesse acontecer.
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Por esses motivos, em respeito à luta e à história do movimento negro no Brasil, o dia 13 de maio ganhou um novo significado: nesta data, ao invés de evocar o nome da princesa Isabel, enaltece-se quem, de fato, lutou para que a abolição pudesse acontecer.
Muito mais emblemático que uma celebração, a data levanta questionamentos sobre as consequências de tantos anos de escravidão. Na literatura, a obra “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” (1960), escrito por Carolina Maria de Jesus, relata a realidade dura e cruel de um povo que foi escravizado por quase 400 anos.
Carolina é considerada uma das primeiras escritoras negras do Brasil e uma das mais importantes de todo o país. Sua obra foi traduzida em 13 idiomas e, em apenas uma semana, o livro teve 10 mil exemplares vendidos.
Outro produto que retrata o assunto é o filme “Medida Provisória” (2020), escrito e dirigido pelo ator Lázaro Ramos. A história retrata como a população negra do Brasil luta para recuperar e fortalecer os seus direitos, além de denunciar o racismo no país.
13 DE MAIO: A ESCRAVIDÃO CHEGOU AO FIM?
Quer saber mais sobre essa importante data? Assista ao vídeo abaixo e conheça mais detalhes:
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